sexta-feira, 30 de setembro de 2011

INTENÇÕES DO SANTO PADRE BENTO XVI PARA O MÊS DE OUTUBRO,

INTENÇÕES DO SANTO PADRE BENTO XVI PARA O MÊS DE OUTUBRO, CONFIADAS AO APOSTOLADO DA ORAÇÃO E A TODOS OS CRISTÃOS   
Doentes terminais. Pelos doentes terminais, para que os seus sofrimentos sejam aliviados pela fé em Deus e pelo amor dos seus irmãos. [Intenção Geral]

Crescimento da ajuda às missões.
Para que a celebração do Dia Mundial das Missões faça crescer no povo de Deus a paixão da evangelização assim como o apoio a toda a actividade missionária, pela oração e pela ajuda económica às Igrejas mais pobres. [Intenção Missionária]

A Palavra do Santo Padre

«Acontece infelizmente – bem o sabemos – que o sofrimento prolongado quebre os equilíbrios melhor consolidados duma vida, abale as mais firmes certezas da confiança e chegue por vezes até a fazer desesperar do sentido e valor da vida. Há combates que o homem não pode sustentar sozinho, sem a ajuda da graça divina. Quando a palavra já não consegue encontrar expressões adequadas, sente-se a necessidade duma presença carinhosa: procuramos então a solidariedade não só daqueles que compartilham o nosso próprio sangue ou estão ligados connosco por vínculos de amizade, mas também a solidariedade de quantos se acham intimamente unidos a nós pelo laço da fé. E quem de mais íntimo poderíamos nós ter além de Cristo e da sua santa Mãe, a Imaculada? Mais do que qualquer outrem, Eles são capazes de nos compreender e perceber a dureza do combate que travamos contra o mal e o sofrimento».

(Bento XVI, Lourdes, 15 de Setembro de 2008)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PEREGRINAÇÃO NACIONAL DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

PEREGRINAÇÃO NACIONAL DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO
Fátima, 16 de Outubro de 2011

10h00 – Terço na Capelinha das Aparições;
11h00 – Eucaristia, no altar exterior, presidida por D. Manuel Clemente, Bispo do Porto;
17h30 – Procissão eucarística organizada pelo Santuário. Os que puderem, são convidados a integrar-se neste momento solene de adoração ao Santíssimo Sacramento.

Todos os Zeladores e Associados do A. O. são convidados a peregrinar até ao Santuário de Fátima, no próximo dia 16 de Outubro. Juntos, vamos louvar e desagravar Jesus e sua Mãe.
Os Centros devem fazer-se acompanhar da bandeira ou estandarte do Apostolado da Oração ou do Coração de Jesus.


 INTENÇÃO DA PEREGRINAÇÃO
Para que todas as paróquias de Portugal e seus pastores se comprometam na renovação dos Centros do Apostolado da Oração, vivendo com entusiasmo a espiritualidade do Movimento, sendo promotores da oração, da união com o Papa, da oferta com Jesus Eucaristia e do culto do Coração de Jesus.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dia de Nossa Senhora da Piedade

Nossa Senhora das Dores – Memória Obrigatória
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja
Poesia «Porque te amo, Maria»
«Mulher, eis o teu filho!»
Num dia em que os pecadores escutam a doutrina
D'Aquele que os queria receber no céu
Encontro-te com eles, Maria, na colina;
Alguém disse a Jesus que tu querias vê-Lo.
Então, o teu divino Filho, em frente de toda a multidão,
Do Seu amor por nós mostra a imensidão;
Ele diz: «Quem é a Minha mãe e quem são os Meus irmãos?» e
«Quem é meu irmão, minha irmã e minha mãe,
Senão aquele que faz a Minha vontade?» (cf Mt 12,48-50).


Ó Virgem Imaculada, das mães a mais terna,
Ao escutar Jesus, não te entristeces,
Mas alegras-te por Ele nos fazer entender
que a nossa alma se torna aqui na terra a Sua família.
Sim, alegras-te por Ele nos dar a Sua vida,
Os tesouros infinitos da Sua divindade!
Como poderia não te amar, ó minha mãe querida,
Vendo tanto amor e tanta humildade. [...]


Tu amas-nos verdadeiramente como Jesus nos ama
E, por nós, consentes em afastar-te d'Ele.
Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo;
Quiseste prová-lo permanecendo como nosso apoio.
O Salvador conhecia a tua imensa ternura,
Sabia dos segredos do teu coração maternal.
Refúgio dos pecadores, foi a ti que Ele nos entregou
Quando deixou a Sua cruz para nos esperar no céu. [...]


A casa de São João tornou-se o teu único abrigo;
O filho de Zebedeu vai substituir Jesus.
É o ultimo detalhe que nos dá o Evangelho,
Da Rainha dos Céus não me fala mais.
Mas o seu profundo silêncio, ó minha Mãe querida,
Não mostra que o próprio Verbo eterno
Quer ser Ele a cantar os segredos da tua vida
Para encantar os filhos, todos os eleitos do céu?


Em breve irei ouvir essa suave harmonia;
Em breve, no céu tão belo, te verei.
Tu, que me vieste sorrir na manhã da minha vida,
Vem sorrir-me uma vez mais [...] Mãe, eis chegada a noite!
Já não temo o esplendor da tua suprema glória;
Contigo sofri e quero agora
Cantar no teu regaço, Virgem, porque te amo
E dizer, para todo o sempre, que sou tua filha

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Do apelo de Deus ao nosso compromisso

À escuta...

Durante a viagem para mais um trabalho de evangelização, ouvi na rádio certa publicidade em que dois namorados faziam projectos para o seu futuro. Do género:

- Quando casarmos vais dar-me um carro do último modelo?, perguntava ela.

- Sim.

- Vamos ter uma casa de campo?

- Sim.

- E vamos ter quinze filhos?

- Quinze filhos?! Se calhar pensas que eu sou rico - arremata ele.



Esta publicidade, se bem que de forma exagerada, reflecte um pouco a mentalidade do mundo e as preocupações dos jovens de hoje, à hora de pensar na vida e projectar a construção do futuro. Ter uma família onde os filhos possam ser "como rebentos de oliveira ao redor da mesa" não faz parte dos projectos da maioria dos jovens casais de hoje.

"Não se fazem omeletes sem ovos!"

Nos próximos anos, a "velha Europa" precisará de uns milhares de emigrantes para poder dar resposta à necessidade de serviços e trabalhos que permitam o mínimo de "Não se fazem omeletes sem ovos!"bem-estar social à sua comunidade humana. A Taxa de Natalidade continua baixa. Depois dos "resultados frustrantes de um baby boom", previsto para a viragem do milénio, vivemos momentos de alguma "angústia populacional".Esta mesma situação reflecte-se na vida da Igreja, com a chamada "crise de vocações" pelo menos a nível europeu, pois em África e na América, por exemplo, as coisas são diferentes. Diz o povo no seu saber: "sem ovos não se fazem omeletes". É bem verdade, e sem rapazes e raparigas onde o apelo de Deus possa ter ressonância positiva, e tornar-se vida em acção, a crise vai continuar a existir. Mesmo que não possamos atribuir a "crise" apenas este factor, ele parece-me determinante.

Tudo começa na Família

Olhar para essa realidade a partir da Familiaris consortio poderia ajudar-nos a encontrar algumas razões de esperança, bem como alguns desafios que facilitariam a escuta do chamamento de Deus e a correspondente resposta dos jovens:

:: Descobrir na família uma comunidade de amor, como sinal do amor de Deus para com a humanidade numa relação esponsal.

:: Um amor que não se fecha em si mesmo, nem se constrói para si mesmo, mas que gera nova vida, no amor e para o amor.

:: Uma família que cultiva o crescimento dos seus elementos na responsabilidade, na liberdade, em valores humanos e divinos, que aponta projectos de realização a vários níveis, sentindo assim a felicidade de ser.

:: Uma família que se torna "Igreja doméstica", espaço de comunhão, de um mesmo sentir, de diálogo de uns para com os outros e com Deus e que vive da oração e da escuta de Deus que chama cada um dos seus elementos a alcançar metas de maior felicidade.

Deus continua a chamar(-nos)

Abraão é chamado a formar um grande povo e a ter uma terra. Como é que isto é possível a um homem que não tem filhos e já é de idade avançada, bem como a sua mulher? É possível, porque ele acredita e confia. "E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas." (Gn 12,3)

Só Deus abençoa continuamente o seu povo, e chama pessoas deste povo para O seguirem. É importante colocarmo-nos também numa atitude de fé e de confiança pois Ele continua a chamar...

É preciso que cada família se sinta envolvida por Deus e ajude os seus elementos a fazer escolhas perante opções pluridireccionais, de que também faça parte o apelo vocacional.



EM ENCONTRO DE GRUPO

1. Ler o texto do chamamento de Abraão (Gn 12, 1-7)

2. Relacionar com esta frase de Jesus: "Ides receber a força do Espírito e sereis minhas testemunhas" (Act 1, 8); e, a partir das ideias aqui apresentadas, e dos pressupostos abaixo,

3. Dialogar a partir das palavras receber, força e testemunhas, de modo a cada qual:

:: descobrir o chamamento que Deus lhe faz e se

:: confrontar com Ele, para o

:: assumir.

PRESSUPOSTOS:

» A Bíblia relata-nos a história de um Povo, escolhido e chamado por Deus para exercer no mundo uma missão mediadora.

» Deus intervém apelando à cooperação dos homens e desafiando ao compromisso no desempenho de missões concretas.

Sabendo que...

:: no chamamento, a iniciativa é de Deus, mesmo que o faça em circunstâncias de tempo e de lugar e por interposta pessoa,

:: Deus chama sempre motivado pelo amor que tem para com os homens por Ele criados e salvos,

:: o chamamento de Deus não força a liberdade de ninguém, pode ser aceite ou recusado,

:: tal chamamento é feito em ordem a uma missão,

que respostas possíveis dos jovens de hoje a este apelo:

"Ides receber a força do Espírito e sereis minhas testemunhas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Carta do Santo Padre Ao Cardeal Patriarca D. José Policarpo

. José Policarpo celebra 50 anos de Ordenação: ‘Ninguém pode servir a Igreja se não a amar como Cristo a ama’ 04 Set. 2011
No dia 15 de Agosto celebrou nos Jerónimos os 50 anos da sua Ordenação, no meio dos mais de dois mil jovens de Lisboa que iam partir para Madrid, rumo à Jornada Mundial da Juventude. A 20 de Agosto, assinalou em Alvorninha os 50 anos de Missa Nova, entre os seus conterrâneos, familiares e amigos. Em ambas as celebrações, D. José Policarpo falou de amor. Amor à Igreja. E também de fidelidade.

A 15 de Agosto de 1961, na Sé Patriarcal de Lisboa, o jovem José Policarpo, então com 25 anos, é ordenado sacerdote. Meio século passou e, a 15 de Agosto de 2011, a Diocese de Lisboa reúne-se para agradecer a vida e obra de quem há 50 anos se entregava nas mãos de Deus. Hoje, todos o conhecem. Afinal, aquele jovem vindo de Alvorninha – uma pequena freguesia do concelho de Caldas da Rainha – é agora o Cardeal-Patriarca de Lisboa. No Mosteiro dos Jerónimos, todos os cristãos queriam saudar o seu bispo. Em especial os jovens, de mochila às costas e com Madrid no horizonte para o encontro com o Papa, na Jornada Mundial da Juventude. “Celebramos, hoje, 50 anos do meu sacerdócio. Pouca importância teria se não fosse neste contexto”, sublinhou D. José Policarpo, referindo-se à dimensão de serviço de Maria, no dia em que a Igreja celebrava a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. “Porque aqui estão as grandes motivações de um sacerdote e de um cristão: procurar servir a Igreja e nunca a manchar com os seus pecados; procurar fazer dela um povo e nunca deixar que ela se transforme numa amálgama de indivíduos, cada um à procura do seu caminho; procurar que a Igreja seja a esposa fiel, ansiosa por escutar a voz do esposo e segui-la, com todo o carinho e com coragem para enfrentar os tempos e as dificuldades”.

Na sua homilia, D. José Policarpo resumiu toda uma vida de serviço. Uma vida dedicada à Igreja. O próprio Cardeal-Patriarca de Lisboa assume que não foram anos fáceis. Mas foram vividos, sempre, na fidelidade ao ministério. “Em dois mil anos, a Igreja atravessou tudo e conheceu de tudo. Vem da sua própria inserção na história as dificuldades que ela encontra. Mas ela é conduzida por Aquele que venceu a morte. E no triunfo de Jesus Cristo, nós encontraremos o triunfo da nossa própria fidelidade”, acentuou.



Uma Igreja luminosa, sem ruga, esplendorosa

A celebração nos Jerónimos, que foi o ponto alto do Jubileu Sacerdotal (1961-2011) de D. José Policarpo, marcou o envio dos jovens da diocese para Madrid. À juventude presente na celebração, o Cardeal-Patriarca lembrou a importância da fidelidade de quem se entregou e acreditou. “Tantas vezes Maria teve que dizer ‘Eu creio, porque te amo’. Também nós, na nossa longa caminhada, temos de dizer tantas vezes ‘Eu creio’. E às vezes é a única afirmação verdadeira do amor que desejamos, do amor que queremos ter”. Aos mais de dois mil jovens aconselhou-os apenas a pensarem se “a experiência forte de Igreja” que iam fazer em Madrid, no âmbito da JMJ, resultava do chamamento de Deus nas suas vidas.

“A primeira coisa que Deus espera nesta nossa caminhada, de resposta à vocação que Ele nos deu, é fazer com que a Igreja a que pertencemos seja brilhante, sem ruga, esplendorosa. Essa é a grande motivação da nossa fidelidade, da nossa generosidade, da nossa luta, da nossa verdade: fazermos com que a Igreja nunca seja manchada em nenhum dos seus filhos. Nós sabemos que essa Igreja luminosa, sem ruga, é uma realidade da glória celeste, do fim dos tempos, mas constrói-se agora, nesta caminhada”, garantiu o Cardeal-Patriarca de Lisboa, na celebração que assinalou os seus 50 anos de sacerdote.



A Eucaristia como o momento da verdade

A chamada Missa Nova – segundo a tradição, a primeira Eucaristia celebrada pelo novo presbítero na sua paróquia de origem – é uma celebração que marca cada novo padre. Com D. José Policarpo não foi diferente. Em 1961, após ter sido ordenado na Sé, o então jovem padre Policarpo regressa à terra natal para celebrar a sua Missa Nova. A 20 de Agosto, cinco dias após a ordenação, Alvorninha acolhia a primeira Missa do mais recente padre da Diocese de Lisboa. Também agora, cinquenta anos depois, ao celebrar o seu jubileu sacerdotal, o Cardeal-Patriarca de Lisboa regressou às origens e foi ao encontro dos seus conterrâneos, familiares e amigos. “A maior parte das pessoas que nesse dia participaram na minha primeira Missa já cá não estão, já foram para o Céu. Por isso, esta celebração de acção de graças será também por todos eles”. A verdade é que muitos dos presentes nesta celebração em Alvorninha tinham estado presentes na Missa Nova do então padre Policarpo. E foi o próprio quem o comprovou. “Ponha o dedo no ar quem esteve na minha Missa Nova!”, pediu D. José Policarpo. Como quase um terço da assembleia levantou a mão, o Patriarca de Lisboa sorri. “Ah, afinal ainda há muitos”, salienta.

Na homilia, recordou aquela sua primeira Eucaristia. “Há 50 anos foi a primeira vez que como sacerdote presidi ao povo de Deus para celebrar a Eucaristia. E desde esse dia eu senti que na vida do sacerdote esse é o momento da sua verdade: da verdade da sua fé, da verdade da sua missão, da verdade daquilo que se espera dele e que Deus lhe pede. A primeira Eucaristia é apenas um primeiro momento de uma longa caminhada de quem procura na Eucaristia o verdadeiro rosto de Jesus”. D. José Policarpo convidou os cristãos a rezarem “por todos os sacerdotes”, para que eles sejam “capazes de fazer da Eucaristia o ponto de partida e o ponto de chegada” da vida dos cristãos.

Neste dia festivo, que incluiu também um almoço convívio e a actuação do Rancho Folclórico e Etnográfico ‘Os Azeitoneiros de Alvorninha’, os jovens distribuíram uma pagela comemorativa deste jubileu sacerdotal, com a inscrição: ‘Ninguém pode servir a Igreja se não a amar como Cristo a ama’. Uma frase que resume todo um pontificado e uma vida de entrega à Igreja.



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Carta do Papa a D. José Policarpo



Ao nosso Venerável Irmão

CARDEAL DA SANTA IGREJA ROMANA, JOSÉ DA CRUZ POLICARPO

Patriarca de Lisboa



Ao celebrar-se a Solenidade da Assunção ao Céu da Virgem Santa Maria, queremos, Venerável Irmão, segundo costume fraterno, dirigir-te a palavra. Ao mesmo tempo, desejamos estar contigo por este escrito, pelo qual mais claramente se evidencie aquele acontecimento singular, a saber: o dia do quinquagésimo aniversário da tua recepção do presbiterado. Tal facto insigne da tua vida apostólica deve ser honrosamente proclamado por muitos.

Já nos antigos anais se recorda muita coisa notável dessa cidade em que sobressaem os primeiros varões e testemunhas do preclaro nome cristão. É de facto conveniente divulgar os salutares costumes tradicionais e os exemplos a imitar. Incitado por eles, do modo que te foi próprio, compareceste um dia para receber a sagrada ordenação e os dons do Salvador que devem ser largamente partilhados.

Desde o momento em que o Nosso Antecessor, Venerável Servo de Deus Paulo VI, te quis Bispo Auxiliar de Lisboa, agiste com múltiplas forças para que esta comunidade fruísse de benefícios mais abundantes, e depois recebeste-a, primeiro como Coadjutor e mais tarde para a governares de pleno direito, pois o Beato João Paulo II julgou-te seres aí mais útil como dispensador das riquezas de Cristo e fiel ministro da Igreja.

Conhecemos bem, Venerável Irmão, terem sido estes anos distinguidos pela sólida doutrina, pelo conhecimento preciso da disciplina eclesiástica, pelo intenso labor na ilustre Sé de Lisboa. Nela começara a manifestar-se os recursos, largamente difundidos, das tuas virtudes sacerdotais e episcopais. Tais recursos foram também oportunamente transmitidos a todo o País, enquanto Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Nem queremos omitir o que costumas fazer nos Dicastérios Romanos, relatado justamente no Colégio dos Cardeais.

Queremos que estejas persuadido de que desejamos que o teu pastoreio se realize com a honra conveniente, o que comprovamos publicamente, em toda a parte, com esta Nossa Carta. Tendo por isso chegado esta feliz recordação da tua ordenação sacerdotal, vivamente nos congratulamos contigo. Pedimos principalmente ao próprio Divino Pastor, que seja para ti remunerador generoso dos teus méritos e igualmente sustentáculo do teu trabalho. Nós na verdade, com o maior afecto e relação fraterna, damos-te em primeiro lugar a Ti, Venerável Irmão, a Bênção Apostólica e a estendemos para que seja comunicada a toda a tua comunidade.



Dada em Castelo Gandolfo, no dia 3 do mês de Agosto, no ano de 2011, sétimo do Nosso Pontificado.



Bento XVI, Papa

domingo, 4 de setembro de 2011

Com Francisco de Assis

Com esta linda oração de S. Francisco de Assis começamos o Ano Pastoral 2011/2012,Pedindo, força no caminhar, alegria mesmo nas dificuldades,confiança no nosso Deus.

Com Francisco de Assis

rezamos: “Pai nosso!”
Lopes Morgado, ofmcap

1 Irmão Francisco de Assis:
Perseguido pelo teu pai, devolveste-lhe as roupas e o dinheiro
e renunciaste aos bens familiares diante do teu Bispo, dizendo:
«Até agora, chamei-te meu pai, aqui na terra;
de hoje em diante poderei dizer livremente:
“Pai Nosso, que estás no céu”.
Pois a Ele confiei todo o meu tesouro
e nele depositei toda a minha confiança.» (LM 4; 2 C 12)
– Dá-nos o teu coração LIVRE, para rezar:

R/ Pai nosso que estás no Céu.

2 Irmão Francisco de Assis:
Marcado pelo sofrimento, e quase cego, (LP 43)
no teu Cântico do Irmão Sol soubeste cantar
o nome do «Altíssimo, omnipotente e bom Senhor»
e reconheceste-o em todas as criaturas. (CC 1.3; 2C 165-171; LP 51)
– Dá-nos o teu coração de JOGRAL, para rezar:
R/ Pai nosso, santificado seja o teu nome.

3 Irmão Francisco de Assis:
Depois de sonhares ser armado cavaleiro e participar em batalhas,
escolheste o Senhor em vez de correr atrás do servo; (2C 6)
tornaste-te o “arauto do Grande Rei”, gritando a toda a gente:
“O amor não é amado! O Amor não é amado!”; (LM 5)
e fundaste uma Ordem de Irmãos para iniciar, no mundo,
outra forma de ser e de estar por amor do Reino dos Céus.
– Dá-nos o teu coração de CAVALEIRO, para rezar:

R/ Pai nosso, venha a nós o teu Reino.

4 Irmão Francisco de Assis:
Embora sentindo-te inspirado pelo Espírito de Deus
para seguir a tua vocação de pobreza, de paz e menoridade, (T 14)
não te dispensaste de auscultar a vontade de Deus
na sua Palavra, no conselho dos irmãos e do Papa; (LM 3.9-10)
renunciaste ao ofício de Geral da Ordem e pediste um guardião,
estando disposto a obedecer ao último noviço. (2C 151; LP 106-107)
– Dá-nos o teu coração de SERVO, para rezar:

R/ Pai nosso, seja feita a tua vontade
assim na terra como no céu.

5 Irmão Francisco de Assis:
Sendo filho de um rico mercador

sábado, 3 de setembro de 2011

A Voz dos Profetas

Quem são os Profetas?
Os profetas falam a palavra de Deus. Diante das injustiças de seus tempos, os profetas, homens e mulheres, condenaram tudo aquilo que impedia que a justiça e a paz se abraçassem, impossibilitando que o projeto de Deus para sua criação pudesse se realizar. Podemos aqui recordar três profetas, de diferentes épocas. O primeiro, Amós, que viveu no século VIII aC, numa época em que Israel havia se dividido em dois Reinos, um ao Sul, Judá, e outro ao Norte, que conserva o nome de Israel. Amós era um pastor de Judá que exercia sua função profética no Reino do Norte. Em uma época de prosperidade e de muitas injustiças, Amós anunciava que Israel seria punido pelos seus pecados: sua prosperidade era abominável aos olhos de Deus, pois fora construída sobre a dominação e não sobre a fraternidade. Segundo o profeta, Deus despreza os holocaustos e sacrifícios oferecidos em Israel; o que Deus quer é que "o direito corra como água e a justiça como um rio caudaloso" (Am 5,21-27). Aqueles que estavam tranqüilos a comer e a beber sofreriam o exílio por não se preocuparem "com a ruína de José" (Am 6,1-7). Mas o profeta também anunciava que destruição não seria a última palavra de Iahweh. Um dia, a justiça e a fraternidade prevalecerão; Israel junto com toda a criação atingirá o seu destino (Am 9,11-15).

O profeta que escreveu a segunda parte do livro de Isaías viveu na época do exílio da Babilônia (586-538). Este profeta, chamado de segundo Isaías, falava da grandeza de Deus que criou o céu e a terra e que estava prestes a libertar Israel, em um novo êxodo (Is 40-43,21). Apesar dos pecados antigos de Israel, que havia cansado Deus com suas iniquidades (Is 43,22-28), Iahweh estava amorosamente disposto a recomeçar tudo de novo. A causa da ruína de Israel foi o abandono de Deus, que se evidenciou, sobretudo na transgressão da justiça de Iahweh (Is 50,1-3). A nova Jerusalém será edificada sobre a justiça e assim conhecerá a prosperidade (Is 54,11-55,13).

O terceiro Isaías, que viveu depois do exílio, no VI século AC, continuou a obra de seus antecessores. Apesar da experiência do novo êxodo, Israel estava longe de colocar em prática a experiência da justiça. Isaías, falava em nome de Deus contra as práticas religiosas que não levam à prática da justiça. Assim falou Deus ao profeta:

"Por acaso não consiste nisto o jejum que escolhi: em romper os grilhões da iniquidade, em soltar as atadura do jugo e pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar todo o jugo? Não consiste em repartires o teu pão com o faminto, em recolheres em tua casa os pobres desabrigados, em vestires aquele que vês nu e em não te esconderes daquele que é tua carne? Se fizeres isto, a tua luz romperá como a aurora, a cura das tuas feridas se operará rapidamente, a tua justiça irá à tua frente e a glória de Iahweh irá à tua retaguarda" (Is 58,5-8).

Pela boca do profeta, Iahweh promete levar a criação a seu destino último: a comunhão fraternal, um novo céu e uma nova terra, "onde o lobo e o cordeiro pastarão juntos e o leão comerá feno com o boi" (Is 65). Aqueles que reconhecem ser Iahweh o Senhor devem desde já buscar viver no aqui da história o sonho de Deus para toda sua criação (Is 66).

Deve-se sublinhar que as vozes dos profetas que denunciam tudo o que é contrário ao plano de Deus reafirmam no povo a fé de que Iahweh no fim fará triunfar o Amor e a Verdade, a Justiça e a Paz sobre toda a criação. O Salmo 85 resume esta fé de Israel, proclamando que:

"Amor e Verdade se encontrarão, Justiça e Paz se abraçarão; da terra germinará a Verdade, e a Justiça se inclinará do céu. O próprio Iahweh dará a felicidade, e nossa terra dará seu fruto. A Justiça caminhará à sua frente, e com seus passos traçará um caminho".

Extraído do Texto-Base da Campanha da Fraternidade de 1996
Fraternidade e Política
Justiça e Paz se Abraçara