terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tema para breve reflexão - 2010.09.18
Não tenhas medo

Não tenhas medo. Aqui radica o elemento constitutivo da vocação. O homem, de facto, teme. Teme não somente ser chamado ao sacerdócio, como também ser chamado à vida, às suas obrigações, a uma profissão, ao matrimónio. Este temor mostra um sentido de responsabilidade imatura. Há que superar o temor para aceder a uma responsabilidade madura: há que aceitar a chamada, escutá-la, assumi-la, ponderá-la segundo as nossas luzes, e responder: sim, sim. Não temas, não temas, pois encontraste a graça, não temas a vida, não temas a tua maternidade, não temas o teu matrimónio, não temas o teu sacerdócio, pois encontraste a graça.Esta certeza, esta consciência ajuda-nos da mesma forma que ajudou Maria. Com efeito,”a terra e o paraíso esperam pelo teu sim, oh Virgem Puríssima”. São palavras de S. Bernardo, famosas e formosíssimas palavras. Espera o teu sim, Maria. Espera o teu sim, mãe que vais ter um filho; espera o teu sim, homem que deves assumir uma responsabilidade pessoal, familiar, social.Esta é a resposta de Maria, a resposta de uma mãe, a resposta de um jovem: um sim para toda a vida

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Spe Deus: A ressurreição da carne – Pe. Rodrigo Lynce de Far...

Segunda-feira, 20 de Setembro de 2010
A ressurreição da carne – Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Deus é omnipotente – pode tudo. É todo-poderoso. O seu poder não tem limites. Se os tivesse, não seria Deus. Isso significa – entre outras coisas – que, para Deus, é mais fácil ressuscitar um morto do que para nós acordar alguém que está a dormir. Pela fé sabemos que nem Jesus morreu para sempre – a sua ressurreição é a verdade culminante do nosso credo – nem nós morreremos para sempre. Basta para isso acreditar em Cristo com verdadeira fé, ou seja, obedecendo aos seus mandamentos – vivendo de um modo coerente com aquilo em que acreditamos.

Quando os Apóstolos – cumprindo um mandato de Cristo – começaram a pregar o Evangelho a todas as gentes, aquilo que mais custava aos ouvintes aceitarem na mensagem cristã era precisamente o tema da ressurreição da carne. Os primeiros doze não diziam que a alma de Jesus lhes tinha aparecido depois da sua morte. Pelo contrário, afirmavam claramente – e sem lugar para interpretações dúbias – que Jesus tinha realmente ressuscitado. A sua alma tinha voltado a unir-se ao seu corpo. O sepulcro, onde o corpo de Cristo tinha sido piedosamente sepultado, estava vazio. O corpo que tinha estado na Cruz era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, com a diferença de que agora era um corpo glorioso. Jesus tinha ressuscitado para nunca mais morrer.

Mas, afinal, que significa exactamente a expressão “ressurreição da carne”? Significa que o nosso estado definitivo não será somente a alma espiritual separada do corpo pela morte, mas que também os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 203). Como é que isto é possível se nós vemos que, após a morte, o corpo cai na corrupção? Também o Compêndio nos responde a esta pergunta. Sabemos – pela fé – que o corpo (transformado) ressuscitará no regresso do Senhor. No entanto, compreender “como” acontecerá a ressurreição da carne supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento (Compêndio nº 205).

Então, que diz a Igreja Católica sobre a cremação dos mortos? A resposta está no ponto 2301 do Catecismo. A cremação está permitida desde que não ponha em causa a fé na ressurreição da carne. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja sempre aconselhou e continua a aconselhar vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar o cadáver do defunto (Código de Direito Canónico 1176 § 3). Através das exéquias e da sepultura, ajuda-se mais facilmente as pessoas a rezarem pelo eterno descanso daquele que acaba de partir. E também a afirmarem – nesse momento de grande sofrimento – a sua fé segura de que a morte não tem a última palavra. Aquele cujos restos mortais depositamos na terra será ressuscitado por Deus no último dia. Nós, cristãos, acreditamos firmemente na ressurreição da carne e na vida eterna.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Spe Deus: Reflexão - Agradar a Deus

Costuma acontecer e acontece com frequência, que o irmão se entristece de momento quando o repreendem, e resiste e discute. Mas logo reflecte em silêncio, sem outra testemunha que não seja Deus e a sua consciência, e não teme desgostar os homens por ter sido corrigido, mas teme desagradar a Deus por não se emendar. E então, já não volta a fazer aquilo pelo que o corrigiram, e quanto mais odeia o seu pecado, mais ama o irmão, por ter sido inimigo do seu pecado.

(Epis. 210,21 – Santo Agostinho)

domingo, 12 de setembro de 2010

Tema para breve reflexão - Deus único

Reflexão - Consonância com a Fé
Escutamos com atenção particular as tuas palavras: «Fazei o que vos disser o meu Filho» (Jo 2, 5) E desejamos responder às tuas palavras com todo o coração. Queremos fazer o que nos diz o teu Filho e o que nos manda; pois tem palavras de vida eterna. Queremos cumprir e pôr em prática tudo o que vem d’Ele, tudo o que está contido na Boa Nova. (...) Por isso (...) confiamos e consagramos a ti, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, o nosso coração, consciência e obras, a fim de que estejam em consonância com a fé que professamos.

(JOÃO PAULO II, Homilía en el Santuario de Knock, 1979.09.30, trad. AMA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Spe Deus: Tema para reflexão - Intercessão da Santíssima Vir...

Sexta-feira, 10 de Setembro de 2010
Tema para reflexão - Intercessão da Santíssima Virgem
Para conhecer bem a grande bondade de Maria recordemos o que refere o Evangelho (...). Faltava o vinho, com o consequente apuro dos esposos. Ninguém pede à Santíssima Virgem que interceda ante o seu Filho em favor dos consternados esposos. Contudo, o coração de Maria, que não pode senão compadecer-se dos desgraçados (...), impulsionou-a a encarregar-se por si mesma do ofício de intercessora e pedir ao Filho o milagre, apesar de que ninguém lho tenho pedido (...). Se a Senhora fez assim sem que lho pedissem, que teria feito se lho rogassem?

(Stº AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, Sermones abreviados, 4, trad. AMA

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Spe Deus: Natividade de Nossa Senhora - Assim se exprimiu o ...

Quarta-feira, 8 de Setembro de 2010
Natividade de Nossa Senhora - Assim se exprimiu o Padre António Vieira sobre essa celebração
"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede o para que nasceu. Nasceu para que d’Ela nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus"

(Sermão do Nascimento da Mãe de Deus)