sábado, 28 de maio de 2011

A ORAÇÃO CRISTÃ (nº3) por Bento XVI

Nas últimas duas catequeses reflectimos sobre a oração como fenómeno universal, que — embora de diversas formas — está presente nas culturas de todos os tempos. Hoje, ao contrário, gostaria de começar um percurso bíblico sobre este tema, que nos levará a aprofundar o diálogo de aliança entre Deus e o homem, que anima a história da salvação até ao ápice, à palavra definitiva que é Jesus Cristo. Este caminho levar-nos-á a meditar sobre alguns importantes textos e figuras paradigmáticas do Antigo e do Novo Testamento. Será Abraão, o grande Patriarca, pai de todos os fiéis (cf. Rm 4, 11-12.16-17), a oferecer-nos um primeiro exemplo de oração, no episódio da intercessão pelas cidades de Sodoma e Gomorra. E gostaria também de vos convidar a aproveitar o percurso que faremos nas próximas catequeses, para aprender a conhecer mais a Bíblia, a qual espero que tenhais nos vossos lares e, durante a semana, deter-se a lê-la e a meditá-la na oração, para conhecer a maravilhosa história da relação entre Deus e o homem, entre Deus que se nos comunica e o homem que responde, que reza.

O primeiro texto sobre o qual queremos meditar encontra-se no capítulo 18 do Livro do Génesis; narra-se que a malvadez dos habitantes de Sodoma e Gomorra tinha chegado ao ápice, a ponto de tornar necessária uma intervenção de Deus para cumprir um gesto de justiça e para deter o mal, destruindo aquelas cidades. É aqui que se insere Abraão, com a sua prece de intercessão. Deus decide revelar-lhe aquilo que está para acontecer, e faz-lhe conhecer a gravidade do mal e as suas terríveis consequências, porque Abraão é o seu eleito, escolhido para se tornar um grande povo e fazer chegar a bênção divina ao mundo inteiro. A sua missão é de salvação, e deve responder ao pecado que invadiu a realidade do homem; através dele, o Senhor quer reconduzir a humanidade à fé, à obediência e à justiça. E agora, este amigo de Deus abre-se à realidade e à necessidade do mundo, ora por aqueles que estão para ser punidos e pede que sejam salvos.

Abraão delineia imediatamente o problema em toda a sua gravidade, e diz ao Senhor: «E vais exterminar, ao mesmo tempo, o justo com o culpado? Talvez haja cinquenta justos na cidade: matá-los-ás a todos? Não perdoarás a cidade, por causa dos cinquenta justos que nela podem existir? Não, não serás capaz de proceder assim, e matar o justo com o culpado, tratando-os da mesma maneira! Longe de ti semelhante pensamento! O Juiz de toda a terra não fará justiça?» (vv. 23-25). Com estas palavras, com grande coragem, Abraão põe diante de Deus a necessidade de evitar uma justiça sumária: se a cidade é culpada, é justo condenar o seu crime e infligir o castigo, mas — afirma o grande Patriarca — seria injusto punir de modo indiscriminado todos os seus habitantes. Se na cidade existe alguns inocentes, eles não podem ser tratados como os culpados. Deus, que é um Juiz justo, não pode agir deste modo, diz justamente Abraão a Deus.

Mas, se lermos mais atentamente o texto, dar-nos-emos conta de que o pedido de Abraão é ainda mais sério e mais profundo, porque não se limita a pedir a salvação para os inocentes. Abraão pede o perdão para toda a cidade, e fá-lo apelando-se à justiça de Deus; com efeito, diz ao Senhor: «Não perdoarás a cidade, por causa dos cinquenta justos que nela podem existir?» (v. 24 b). Agindo deste modo, põe em jogo uma nova ideia de justiça: não aquela que se limita a punir os culpados, como fazem os homens, mas uma justiça diferente, divina, que busca o bem e o cria através do perdão que transforma o pecador, o converte e o salva. Portanto, com a sua oração, Abraão não invoca uma justiça meramente retributiva, mas uma intervenção de salvação que, tendo em consideração os inocentes, liberte da culpa inclusive os ímpios, perdoando-os. O pensamento de Abraão, que parece quase paradoxal, poder-se-ia resumir assim: obviamente, não se podem tratar os inocentes como os culpados, pois isto seria injusto; ao contrário, é necessário tratar os culpados como os inocentes, pondo em acção uma justiça «superior», oferecendo-lhes uma possibilidade de salvação, porque se os malfeitores aceitam o perdão de Deus e confessam a própria culpa, deixando-se salvar, já não continuarão a cometer o mal, mas tornar-se-ão também eles justos, e já sem a necessidade de ser punidos.

Este é o pedido de justiça que Abraão expressa na sua intercessão, um pedido que se baseia na certeza de que o Senhor é misericordioso. Abraão não pede a Deus algo contrário à sua essência, bate à porta do coração de Deus, conhecendo a sua verdadeira vontade. Sem dúvida, Sodoma é uma grande cidade, e cinquenta justos parecem poucos, mas não são porventura a justiça de Deus e o seu perdão a manifestação da força do bem, embora ele pareça menor e mais frágil que o mal? A destruição de Sodoma devia impedir o mal presente na cidade, mas Abraão sabe que Deus tem outros modos e outros meios para deter a propagação do mal. É o perdão que interrompe a espiral do pecado e, no seu diálogo com Deus, Abraão apela-se precisamente a isto. E quando o Senhor aceita perdoar a cidade, se nela encontrar cinquenta justos, a sua oração de intercessão começa a descer rumo aos abismos da misericórdia divina. Abraão — como recordamos — faz diminuir progressivamente o número de inocnetes necessários para a salvação: se não forem cinquenta, poderiam ser suficientes quarenta e cinco, e depois cada vez menos, até dez, continuando com a sua súplica, que se faz quase ousada na insistência: «Talvez ali se encontrem quarenta... trinta... vinte... dez» (cf. vv. 29.30.31.32). E quanto menor se torna o número, tanto maior se revela e se manifesta a misericórdia de Deus, que ouve com paciência a oração, a acolhe e a repete a cada súplica: «Perdoarei... não destruirei... não o farei» (cf. vv. 26.28.29.30.31.32).

Assim, por intercessão de Abraão, Sodoma poderá ser salva, se nela se encontrarem unicamente dez inocentes. Este é o poder da oração. Porque através da intercessão, da prece a Deus pela salvação dos outros manifesta-se a exprime-se o desejo de salvação que Deus nutre sempre pelo homem pecador. Com efeito, o mal não pode ser aceite, deve ser indicado e destruído através da punição: a destruição de Sodoma tinha precisamente esta função. Mas o Senhor não quer a morte do ímpio, mas que se converta e viva (cf. Ez 18, 23; 33, 11); o seu desejo é sempre o de perdoar, salvar, dar vida, transformar o mal em bem. Ora, é precisamente este desejo divino que, na oração, se torna desejo do homem e se exprime através das palavras da intercessão. Com a sua súplica, Abraão empresta a própria voz, mas também o seu coração, à vontade divina: o desejo de Deus é misericórdia, amor e vontade de salvação, e este desejo de Deus encontrou em Abraão e na sua oração a possibilidade de se manifestar de modo concreto no interior da história dos homens, para estar presente onde há necessidade da graça. Com a voz da sua oração, Abraão dá voz ao desejo de Deus, que não é o de destruir, mas de salvar Sodoma, de dar vida ao pecador convertido.

É isto que o Senhor quer, e o seu diálogo com Abraão é uma manifestação prolongada e inequívoca do seu amor misericordioso. A necessidade de encontrar homens justos no interior da cidade torna-se cada vez menos exigente e, no final, serão suficientes dez delas para salvar a totalidade da população. No texto não se diz por que motivo Abraão se limita a dez. Talvez seja um número que indica um núcleo comunitário mínimo (ainda hoje, dez pessoas são o quorum necessário para a oração pública judaica). De qualquer modo, trata-se de um número reduzido, uma pequena parte de bem pela qual começar para salvar um grande mal. Mas em Sodoma e Gomorra, não havia sequer dez justos, e assim as cidades foram destruídas. Uma destruição testemunhada de modo paradoxal como necessária, precisamente pela prece de intercessão de Abraão. Pois foi exactamente aquela oração que revelou a vontade salvífica de Deus: o Senhor estava disposto a perdoar, desejava fazê-lo, mas as cidades estavam fechadas num mal totalizador e paralisador, sem sequer poucos inocentes, a partir dos quais começar para transformar o mal em bem. Pois é precisamente este o caminho da salvação, que também Abraão pedia: ser salvos não quer dizer simplesmente evitar a punição, mas ser libertados do mal que habita em nós. Não é o castigo que deve ser eliminado, mas o pecado, aquela rejeição de Deus e do amor que já traz em si o castigo. O profeta Jeremias dirá ao povo rebelde: «Valeu-te este castigo a tua malícia, e as tuas infidelidades atraíram sobre ti a punição. Sabe, portanto, e vê como te foi funesto e amargo abandonar o Senhor teu Deus» (Jr 2, 19). É desta tristeza e amargura que o Senhor quer salvar o homem, libertando-o do pecado. Mas é necessária, portanto, uma transformação a partir de dentro, uma grande ocasião de bem, um início a partir do qual começar para mudar o mal em bem, o ódio em amor e a vingança em perdão. Por isso, os justos devem estar dentro da cidade, e Abraão repete continuamente: «Talvez ali se encontrem...». «Ali»: é no interior da realidade doentia que deve existir aquele germe de bem que pode purificar e restituir a vida. É uma palavra dirigida também a nós: que nas nossas cidades se encontre o germe do bem; façamos de tudo para que haja não só dez justos, para fazer realmente viver e sobreviver as nossas cidades e para nos salvar desta amargura interior, que é a ausência de Deus. E na realidade doentia de Sodoma e Gomorra não se encontrava aquele germe de bem.

Mas a misericórdia de Deus na história do seu povo amplia-se ulteriormente. Se, para salvar Sodoma eram necessários dez justos, o profeta Jeremias dirá, em nome do Todo-Poderoso, que basta um único justo para salvar Jerusalém: «Percorrei as ruas de Jerusalém, olhai, perguntai; procurai nas praças, vede se nelas encontrais um homem, um só homem que pratique a justiça e seja leal; então Eu perdoarei a cidade» (5, 1). O número diminuiu ainda mais, e a bondade de Deus mostra-se ainda maior. E no entanto isto ainda não é suficiente, a misericórdia superabundante de Deus não encontra a resposta de bem que procura, e Jerusalém cai sob o assédio do inimigo. Será preciso que o próprio Deus se torne aquele justo. E este é o mistério da Encarnação: para garantir um justo, Ele mesmo se faz homem. Sempre haverá um justo, porque é Ele: porém, é preciso que o próprio Deus se torne aquele justo. O amor divino infinito e surpreendente será plenamente manifestado, quando o Filho de Deus se fizer homem, o Justo definitivo, o Inocente perfeito, que trará a salvação ao mundo inteiro, morrendo na cruz, perdoando e intercedendo por quantos «não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). Então, a oração de cada homem encontrará a sua resposta, então cada uma das nossas intercessões será plenamente atendida.

Caros irmãos e irmãs, a súplica de Abraão, nosso pai na fé, nos ensine a abrir cada vez vez o coração à misericórdia superabundante de Deus, para que na prece quotidiana saibamos desejar a salvação da humanidade e pedi-la com perseverança e confiança ao Senhor, que é grande no amor. Obrigado!

PAPA BENTO XVI, AUDIÊNCIA GERAL

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Catequese de Bento XVI sobre a Oração Parte 2


Deus permite a dor?
Caros irmãos e irmãs,

Hoje gostaria de continuar a reflexão sobre como a oração e o sentido religioso fazem parte do homem ao longo de sua história.Nós vivemos numa época na qual são evidentes os sinais do secularismo. Deus parece ter desaparecido do horizonte de muitas pessoas ou se tornou uma realidade indiferente. Vemos, porém, ao mesmo tempo, muitos sinais que nos indicam um despertar do sentimento religioso, um redescoberta da importância de Deus na vida do homem, uma exigência espiritual que supera uma visão somente horizontal, materialista na vida humana.

Olhando para a história recente, vemos que a previsão do desaparecimento das religiões e da exaltação da razão absoluta separada da fé, da época do Iluminismo, falhou; uma razão que dissiparia a escuridão do dogmatismo religioso e teria dissolvido o “mundo do sagrado,” restituir ao homem a sua liberdade, sua dignidade e sua independência de Deus.A experiência do século passado, com as duas trágicas Guerras Mundiais colocou em crise aquele progresso da razão autônoma que o homem sem Deus parecia poder garantir.

O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Pela criação, Deus chama todo ser do nada à existência… Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu pecado, o homem continua sendo um ser feito à imagem de seu Criador. Ele conserva o desejo daquele que o chama à existência. Todas as religiões testemunham essa procura essencial dos homens” (n. 2566).

Podemos dizer – como mostrei na catequese passada – que não houve nenhuma grande civilização, dos tempos mais longínquos até os nossos dias, que não foi religiosa.O homem é por natureza religioso, é homo religiosus, como é homo sapiens e homo faber: “O desejo de Deus é um sentimento inscrito no coração do homem, porque o homem foi criado por Deus e para Deus” (n. 27).

A imagem do Criador está impressa no seu ser e ele sente necessidade de encontrar uma luz para dar resposta às perguntas que permanecem no sentido profundo da realidade; resposta que ele não pode encontrar em si mesmo, no progresso, na ciência empírica. O homo religiosus não emerge somente dos mundos antigos, ele atravessa toda a história da humanidade. Neste propósito, o rico terremo da experiência humana viu surgir várias formas de religiosidade, na tentativa de responder o desejo da plenitude e da felicidade, a necessidade de salvação, a busca por sentido. O homem “digital” como aquele das cavernas, busca na experiência religiosa as vias para superar seus limites e para assegurar a sua precária aventura terrena. De resto, a vida sem um horizonte transcendente não haveria sentido completo e a felicidade, a qual todos buscamos, é projetada espontaneamente para o futuro, num amanhã ainda a se cumprir.

O Concílio Vaticano II, na Declaração Nostra Aetate [Nossa época] , ressaltou sinteticamente: “Os homens esperam das diversas religiões resposta para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, profundamente preocupam seus corações: a natureza do homem (quem sou eu?), o sentido e a finalidade da vida, o bem e o pecado, a origem da dor, o caminho para alcançar a felicidade verdadeira, a morte, o juízo e a retribuição depois da morte, e finalmente, que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual vimos e para onde vamos” (n. 1).

O homem sabe que não pode responder sozinho às próprias necessidade fundamentais de compreender. Enquanto está iludido e se iluda acreditando ser autossuficiente, ele faz a experiência de não bastar a si mesmo. Tem necessidade de abrir-se a algo, a qualquer coisa ou a alguém que possa doar-lhe aquilo que lhe falta, deve sair de si mesmo para ir para Aquele que seja capaz de preencher a amplitude e a profundidade de seu desejo.

O homem tem em si uma sede de infinito, uma nostalgia da eternidade, uma busca pela beleza, um desejo pelo amor, uma necessidade de luz e de verdade, que o impulsiona para o Absoluto; o homem tem em si o desejo por Deus. O homem sabe que, de qualquer modo, pode voltar-se a Deus, sabe de pode rezar para Ele.

São Tomás de Aquino, um dos maiores teólogos da história, define a oração como “expressão do desejo que o homem tem de Deus”. Esta atração por Deus, que o próprio Deus colocou no homem, é a alma da oração que depois se reveste de muitas formas e modalidades segundo a história, o tempo, o momento, a graça e a influência do pecado de cada um que ora. A história do homem conheceu, de fato, várias formas de oração, porque o homem desenvolveu várias modalidades para se abrir ao Outro e ao Além, tanto que podemos reconhecer a oração como uma experiência presente em cada religião e cultura.

De fato, caros irmãos e irmãs, como vimos na quarta-feira passada, a oração não é ligada a um contexto particular, mas se encontra inscrita no coração de cada pessoa e de cada civilização. Naturalmente, quando falamos da oração como experiência do homem como tal, do homo orans, é necessário ter presente que essa é uma atitude interior, antes que uma séria de práticas e fórmulas, um modo de estar diante de Deus antes que um o cumprimento de atos de culto ou o pronunciação de palavras.

A oração tem no seu centro e aprofunda suas raízes no mais profundo da pessoa; por isso não é facilmente decifrável e, por este mesmo motivo, pode ser sujeita a mal-entendidos e a mistificações. Também nesse sentido podemos entender a expressão: rezar é difícil. De fato, a oração é um lugar para a excelência da gratidão, da atenção para o Invisível, Inesperado e Inefável. Por isso, a experiência da oração é para todos um desafio, uma “graça” de invocar, um dom Daquele ao qual nos voltamos.

Na oração, em cada época da história, o homem coloca si mesmo e sua situação diante de Deus, a partir de Deus, e em relação a Deus, e experimenta ser criatura necessitada de ajuda, incapaz de procurar em si o sentido da própria existência e da própria esperança. O filósofo Ludwig Wittgenstein recorda que “rezar significa sentir que o sentido do mundo está fora do mundo”. Na dinâmica deste relacionamento com quem dá sentido a existência, com Deus, a oração tem uma das suas típicas expressões no gesto de colocar-se de joelhos. É um gesto que tem em si uma radical ambivalência: na verdade, eu posso ser forçado a se ajoelhar – uma condição de pobreza e escravidão – mas eu posso descer espontaneamente, declara o meu limite e, portanto, a minha necessidade de um Outro.

A Ele declaro ser fraco, necessitado, “pecador”. Na experiência da oração, a criatura humama exprimi toda a consciência de si, todo aquilo que possa acolher a própria existência e, contemporaneamente, envolver si mesmo para Aquele que se está a diante, orienta a própria alma àquele Mistério do qual se espera o comprimento dos desejos mais profunfos e a ajuda para superar a pobreza da própria vida. Neste olhar a um Outro, neste dirigir-se, está a essencia da oração, como experiência de uma realidade que supera o sensível e o contingente.

Toda via, somente em Deus que se releva é possível encontrar pleno cumprimento a busca do homem. A oração que é abertura e elevação do coração a Deus, se torna, assim, relacionamento pessoal com Ele. E também se o homem esquece o seu Criador, o Deus vivo e verdadeiro não cansa de chamar por primeiro o homem ao misterioso encontro da oração.

Como afirma o Catecismo: “Essa atitude de amor fiel vem sempre em primeiro lugar na oração; a atitude do homem é sempre resposta a esse amor fiel. A medida que Deus se revela e revela o homem a si mesmo, a oração aparece como um recíproco apelo, um drama de Aliança. Por meio das palavras e dos atos, esse drama envolve o coração e se revela através de toda a história da salvação” (n. 2567).

Caros irmãos e irmãs, aprendamos a permanecer mais diante de Deus, aquele Deus que se revelou em Jesus Cristo, aprendamos a reconhecer no silêncio, no íntimo de nós mesmo, a sua voz que nos chama e nos reconduz à profundidade da nossa existência, à fonte da vida, à fonte de salvação, para fazer-nos andar ao limite da nossa vida e abrir-nos à medida de Deus, ao relacionamento com Ele, que é Amor Infinito. Obrigado.
BentoXVI

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CATEQUESES SOBRE A ORAÇÃO CRISTÃ [nº1]

Hoje gostaria de dar início a uma nova série de catequeses. Depois das catequeses sobre os Padres da Igreja, sobre os grandes teólogos da Idade Média, sobre as grandes mulheres, gostaria de escolher um tema muito querido a todos nós: é o tema da oração, de modo específico da cristã, ou seja, a prece que Jesus nos ensinou e que a Igreja continua a ensinar-nos. Com efeito, é em Jesus que o homem se torna capaz de se aproximar de Deus com a profundidade e a intimidade da relação de paternidade e filiação. Com os primeiros discípulos, com confiança humilde, dirijamo-nos então ao Mestre e peçamos-lhe: «Senhor, ensina-nos a rezar» (Lc 11, 1).

Nas próximas catequeses, aproximando-nos da Sagrada Escritura, da grande tradição dos Padres da Igreja, dos Mestres de espiritualidade e de Liturgia, queremos aprender a viver ainda mais intensamente a nossa relação com o Senhor, quase uma «Escola de oração». Com efeito, sabemos que a oração não se deve dar por certa: é preciso aprender a rezar, quase adquirindo esta arte sempre de novo; mesmo aqueles que estão muito avançados na vida espiritual sentem sempre a necessidade de se pôr na escola de Jesus para aprender a rezar autenticamente. Recebemos a primeira lição do Senhor através do seu exemplo. Os Evangelhos descrevem-nos Jesus em diálogo íntimo e constante com o Pai: é uma profunda comunhão daquele que veio ao mundo não para fazer a sua vontade, mas a do Pai que O enviou para a salvação do homem.

Nesta primeira catequese, como introdução, gostaria de propor alguns exemplos de oração presentes nas antigas culturas, para relevar como, praticamente sempre e em toda a parte o homem se dirigiu a Deus.

Por exemplo, no antigo Egipto um homem cego, pedindo à divindade que lhe restituísse a vista, atesta algo de universalmente humano, que é a pura e simples prece de pedido da parte de quem se encontra no sofrimento, este homem reza: «O meu coração deseja ver-te... Tu que me fizeste ver as trevas, cria a luz para mim. Que eu te veja! Debruça sobre mim o teu rosto dilecto» (A. Barucq — F. Daumas, Hymnes et prières de l’Egypte ancienne, Paris 1980, trad. it. em Preghiere dell’umanità, Brescia 1993, p. 30). Que eu te veja; eis o núcleo da prece!

Nas religiões da Mesopotâmia predominava um sentido de culpa arcano e paralisador, porém não desprovido da esperança de resgate e de libertação da parte de Deus. Assim podemos apreciar esta súplica da parte de um fiel daqueles cultos antigos, que ressoa assim: «Ó Deus, que és indulgente também na culpa mais grave, absolve o meu pecado... Olha, Senhor, para o teu servo arrasado, e sopra a tua brisa sobre ele: perdoa-o sem demora. Alivia a tua punição severa. Livre dos vínculos, faz com que eu volte a respirar; quebra a minha cadeia, liberta-me dos laços» (M.-J. Seux, Hymnes et prières aux Dieux de Babylone et d’Assyrie, Paris 1976, trad. it. em Preghiere dell’umanità, op. cit., p. 37). Trata-se de expressões que demonstram como o homem, na sua busca de Deus, intuiu, embora confusamente, por um lado a sua culpa, mas por outro também aspectos de misericórdia e de bondade divina.

No contexto da religião pagã da Grécia antiga assiste-se a uma evolução muito significativa: as preces, embora continuem a invocar o auxílio divino para obter o favor celeste em todas as circunstâncias da vida diária e para alcançar benefícios materiais, orientam-se progressivamente para os pedidos mais desinteressados, que permitem ao homem crente aprofundar a sua relação com Deus e tornar-se melhor. Por exemplo, o grande filósofo Platão cita uma prece do seu mestre Sócrates, considerado justamente um dos fundadores do pensamento ocidental. Assim orava Sócrates: «Fazei que eu seja bonito dentro. Que eu considere rico quem é sábio, e que de dinheiro eu só possua quanto o sábio puder tomar e levar. Não peço mais» (Obras I. Fedro 279 c., trad. it. P. Pucci, Bari 1966). Gostaria de ser sobretudo bonito dentro e sábio, e não rico de dinheiro.

Aquelas obras-primas excelsas da literatura de todos os tempos, que são as tragédias gregas, ainda hoje, depois de vinte e cinco séculos, lidas, meditadas e representadas, contêm preces que exprimem o desejo de conhecer a Deus e de adorar a sua majestade. Uma delas reza assim: «Sustento da terra, que imperas sobre a terra, quem quer que sejas, difícil de ser entendido, Zeus, sê tu a lei de natureza ou de pensamento dos mortais, dirijo-me a ti, uma vez que tu, procedendo por caminhos silenciosos, guias as vicissitudes humanas segundo a justiça» (Eurípides, As Troianas, 884-886, trad. it. G. Mancini, em Preghiere dell’umanità, op. cit., p. 54). Deus permanece um pouco nebuloso e todavia o homem conhece este Deus desconhecido e ora àquele que guia os caminhos da terra.

Também para os Romanos, que constituíram aquele grande Império em que nasceu e se difundiu em grande parte o Cristianismo das origens, a oração, embora associada a um conceito utilitarista e fundamentalmente vinculado ao pedido da salvaguarda divina sobre a vida da comunidade civil, abre-se às vezes a invocações admiráveis pelo fervor da piedade pessoal, que se transforma em louvor e acção de graças. É testemunha disto um autor da África romana do século ii d.C., Apuleio. Nos seus escritos, ele manifesta a insatisfação dos contemporâneos em relação à religião tradicional e o desejo de uma relação mais autêntica com Deus. Na sua obra-prima, intitulada Metamorfoses, um crente dirige-se a uma divindade feminina com estas palavras: «Tu és santa, tu és em todo o tempo salvadora da espécie humana, na tua generosidade tu dás sempre ajuda aos mortais, tu ofereces aos miseráveis em dificuldade o doce carinho de uma mãe. Nem um dia nem uma noite, nem qualquer instante, por mais breve que seja, passa sem que tu o cumules com os teus benefícios» (Apuleio de Madaura, Metamorfoses IX, 25, trad. it. C. Annaratone, em Preghiere dell’umanità, op. cit., p. 79).

Nesse mesmo período, o imperador Marco Aurélio — que também era um filósofo que meditava sobre a condição humana — afirma a necessidade de rezar para estabelecer uma cooperação fecunda entre acção divina e acção humana. Nas suas Recordações, ele escreve: «Quem te disse que os deuses não nos ajudam inclusive naquilo que depende de nós? Portanto, começa a pedir-lhes e verás» (Dictionnaire de Spiritualitè XII/2, col. 2213). Este conselho do imperador filósofo foi realmente posto em prática por inúmeras gerações de homens antes de Cristo, demonstrando assim que a vida humana sem a oração, que abre a nossa existência ao mistério de Deus, permanece desprovida de sentido e de referência. Com efeito, em cada prece manifesta-se sempre a verdade da criatura humana, que por um lado experimenta a debilidade e a indigência e por isso pede auxílio ao Céu e, por outro, é dotada de uma dignidade extraordinária porque, preparando-se para acolher a Revelação divina, se descobre capaz de entrar em comunhão com Deus.

Caros amigos, nestes exemplos de orações das várias épocas e civilizações sobressai a consciência que o ser humano tem sobre a sua condição de criatura e da sua dependência de Outro, que lhe é superior e fonte de todo o bem. O homem de todos os tempos reza porque não consegue deixar de se interrogar sobre o sentido da sua existência, que permanece obscuro e desolador, se não se puser em relação com o mistério de Deus e do seu desígnio acerca do mundo. A vida humana é um entrelaçamento de bem e de mal, de sofrimento imerecido e de alegria e beleza, que espontânea e irresistivelmente nos impele a pedir a Deus a luz e a força interiores que nos socorram na terra e descerrem uma esperança que vá para além dos confins da morte. As religiões pagãs permanecem uma invocação que, da terra, espera uma palavra do Céu. Um dos últimos grandes filósofos pagãos, que viveu já em plena época cristã, Proclo de Constantinopla, dá voz a esta expectativa, dizendo: «Incognoscível, ninguém te contém. Tudo o que pensamos pertence a ti. Estão em ti os nossos males e os nossos bens, de ti depende todo o nosso anseio, ó Inefável, que as nossas almas sentem presente, elevando-te um hino de silêncio» (Hymni, ed. E. Vogt, Wiesbaden 1957, em Preghiere dell’umanità, op. cit., p. 61).

Nos exemplos de oração das várias culturas, por nós considerados, podemos ver um testemunho da dimensão religiosa e do desejo de Deus inscrito no coração de cada homem, que recebem cumprimento e plena expressão no Antigo e no Novo Testamento. Com efeito, a Revelação purifica e leva à sua plenitude o anseio originário que o homem tem de Deus, oferecendo-lhe na oração a possibilidade de uma relação mais profunda com o Pai celeste.

Então, no início deste nosso caminho na «Escola da oração», queremos pedir ao Senhor que ilumine a nossa mente e o nosso coração, a fim de que a relação com Ele na oração seja cada vez mais intensa, afectuosa e constante. Mais uma vez, digamos-lhe: «Senhor, ensina-nos a rezar» (Lc 11, 1).

PAPA BENTO XVI,
AUDIÊNCIA GERAL, Praça de São Pedro

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Devoção ao Coração de Jesus

Na Encíclica “Haurietis Aquas”, de Pio XII, mais concretamente no Nº 14, o Santo Padre fala dos dois elementos essenciais a esta devoção: o coração físico de Jesus e a sua caridade para com todos os homens.

Falar da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, é entrar numa grande história de amor de Deus para com toda a humanidade.

A este respeito fala-nos muitas vezes São Paulo nas suas Cartas, nas quais estão escritos muitos hinos de louvor e de gratidão para com o amor divino.

Falar do Coração de Cristo é entrarmos na sua intimidade, compreendermos o alcance da Sua entrega oblativa na Cruz para a salvação de todos.

Como podemos ler no ponto seguinte, a Bíblia está cheia de referência à palavra coração; no entanto damos importância à passagem do Evangelho de São João que nos relata o episódio do lado aberto do Senhor, que é sem dúvida a mais importante fundamentação bíblica desta devoção.

No alto da Cruz, com o coração aberto pela lança do soldado, Jesus é verdadeiramente imagem do amor que se entregou até ao fim. Esta entrega não é sinal de derrota, ela é uma entrega vitoriosa. Só assim entendemos a expressão de Jesus. “Ninguém Me tira a vida, sou Eu quem a dou voluntariamente”, e as suas últimas palavras. “Tudo está consumado”(Jo 19,30).

Estas expressões são para São João um grito de vitória daquele que foi capaz de ir até ao fim só por amor.

No episódio da Cruz, com o coração trespassado, está assim cumprida a Sua obediência ao Pai, no seguimento de tudo aquilo que foi a Sua vida pública: “O Meu alimento é fazer a vontade daquele que Me enviou e consumar a Sua obra” (Jo 4,34).

A vontade do Pai para com o Seu Filho muito amado, em quem pôs toda a sua complacência, não podia ser a Sua morte, mas sim a vida em abundância para o resgate de todos.

A obediência de Jesus na Cruz tem assim a sua origem no Seu amor radical pelo Seu Pai.

Neste episódio da Cruz temos assim um mandato de Deus (a entrega do Seu Filho) e a obediência do Seu Filho ( a aceitação da morte).

Neste mandato/obediência não podemos ver uma imposição/submissão, mas sim a tradução joanina do amor que se entrega e do amor que se recebe; é deste amor que nos fala a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Esta devoção não é coisa do passado, falar do Coração de Cristo é falar da Sua pessoa divina, que nos amou e que nos ama; estando continuamente a acolher-nos com a Sua misericórdia aquando das nossas infidelidades.

Amar e perdoar, eis a mensagem do Divino Coração.
No mundo hodierno é urgente e necessário falarmos aos corações deste Coração.

É através do amor que devemos incendiar os corações arrefecidos. Da importância da via do coração para a evangelização falou-nos João Paulo II no seu Testamento Espiritual: ”Só o amor converte os corações e nos dá a paz”.

O actual Papa, Bento XVI, consciente da importância da centralidade da vida cristã no amor de Cristo, na sua Encíclica “Deus é amor” cita por três vezes o coração trespassado de Cristo, ele é assim fonte de graça, santidade, paz, alegria e misericórdia.

O lado aberto do Senhor é assim a imagem por excelência, o ícone da loucura do amor de Deus.

É devido a este amor sem limites que São João acaba o seu relato citando a profecia de Zacarias: “Olharão para Aquele que trespassaram”(Jo 19,37).

Com São João podemos aprender a contemplar o Coração de Cristo, fazendo dele a nossa morada.

O Monumento a Cristo Rei tem a graça de ter como missão mostrar ao mundo o mistério deste Coração redentor. Mostrar e ajudar a que todos O amem, O adorem, O louvem.

Que grande espiritualidade tem este Santuário! Que dom e que graça Deus e a Igreja lhe concederam: ser sinal visível do amor e dar a conhecer o Coração que nos ama com amor infinito a todos os que o visitam, colocando-os no Seu coração, e incendiando-os no Seu amor, tornando cada peregrino apóstolo da esperança

(Pe. Dário Pedros, Sj).

Peregrinação ao Cristo Rei

Ao entrar no recinto do Santuário, o peregrino/visitante é convidado a fazer uma experiência de peregrinação, visitando vários locais até tocar os pés da imagem de Cristo Rei.
Junto ao miradouro, para além de se avistar a cidade de Lisboa, encontra-se as 14 estações da Via-Sacra de Jesus.

Em cada uma delas estão as palavras do Evangelho correspondente, como meditação e oração. Neste percurso, o visitante passa a peregrino, e o peregrino faz a experiencia profunda do amor de Deus para consigo.

Meditar a Paixão de Cristo é entrar no projecto de amor de Deus para com toda a Humanidade. No percurso da Via-Sacra, o espírito de silêncio e oração é fundamental.

Virado para o Parque de Estacionamento, encontrará dentro do próprio monumento um nicho com o Anjo de Portugal (da Paz) a dar a Comunhão aos Pastorinhos de Fátima, segundo as Aparições na Loca do Cabeço, em 1916.

Neste local o visitante será interpelado pelo respeito para com Deus, procurando assim promover com a sua vida um ambiente de paz.

No hall de entrada do Monumento, estão dois quadros a óleo, um que retrata a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, pelo Papa João Paulo II a 25 de Março de 1984, na Praça de S. Pedro; o outro retrata a Queda do Muro de Berlim, a 9 de Novembro de 1989. Estas duas obras estão assim, intimamente ligadas à mensagem de Paz deste santuário.

Entrando no Monumento, no seu lado direito, encontra uma sala dedicada ao Papa Beato João XXIII, com 8 quadros a óleo alusivos à Encíclica “Pax in Terris” escrita por este Papa.

Estes quadros transmitem a mensagem de que o Universo viverá em harmonia num clima de Paz se todos os homens promoverem os seus direitos e cumprirem os seus deveres.

Na Capela de Nossa Senhora da Paz, o convite é à oração. Para além do simbolismo das obras de arte contidas na Capela, faz-se um convite a uma prece pela Paz, que poderá ser colocada numa caixa na Capela do Santíssimo Sacramento. Estas intenções serão apresentadas uma vez por mês na Eucaristia Dominical.

Dentro da Capela, no lado direito do espaço reservado ao Santíssimo Sacramento, está a sala dedicada à Misericórdia de Deus.

Ao entrar na zona do elevador, o ambiente é circular, querendo assim transmitir o movimento em direcção a Deus. A subida do elevador poderá recordar-nos a nossa vocação celeste.

No cimo está a Capela dos Confidentes do Coração de Jesus. Nela encontramos as relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque, a quem Jesus no século XVII pediu a instauração da Festa do Sagrado Coração de Jesus, e da Beata Maria do Divino Coração a quem o mesmo Jesus, no século XIX, pediu que o Papa consagrasse todo o género humano ao Seu Divino Coração.

Neste espaço sagrado também se encontra uma relíquia de Santa Faustina Kowalska, religiosa polaca, que através das revelações que Jesus lhe fez difundiu na Igreja o culto à Divina Misericórdia, cuja festa celebramos no Domingo da Oitava da Páscoa.

Ao lado da Capela está a zona das recordações que os peregrinos/visitantes poderão adquirir.

No terraço contempla-se a linda imagem de Cristo Rei, bem como o Seu Divino Coração esculpido no peito.

O Centro do Apostolado da Oração de Ota, convida todos os associados que queiram fazer esta experiencia de peregrinação, a juntarem-se a nós no dia 16 de Julho, para isso basta dar o nome a: Carminda Honrado´

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Domingo do Bom Pastor (15 de Maio de 2011)

“O Pastor conhece cada uma das suas ovelhas pelo nome; elas conhecem a sua voz e seguem-no” – diz o Evangelho.

O verdadeiro Pastor é Cristo que transmitiu esta responsabilidade a todos os que por vocação, aceitaram e se comprometeram a ser Pastores na vida da Igreja.

E nós em Ota, temos o nosso Pastor, o Padre Manuel, que vai à nossa frente, abrindo-nos o caminho e defendendo-nos das dificuldades; e nós, devemos segui-lo, confiando que, a exemplo de Cristo o Bom Pastor, ele nos ajudará a ter uma vida cada vez mais realizada e mais feliz.

O Bom Pastor vive entre as suas ovelhas sem nunca as abandonar e assim, elas aprendem a amá-lo, a segui-lo e a confiar, o que as torna também de certo modo, responsáveis pelo seu Pastor.

Tornamo-nos assim numa comunidade coesa, una e solidária; juntos nas alegrias e tristezas; nos momentos felizes e nos de sofrimento.

E porque não há sofrimento que não possa ser vencido porque Jesus, ao vencer a morte derrotou todo o mal, enfrentamos as nossas dificuldades, solidários uns com os outros; tentando viver como Jesus viveu porque somos seus e estamos certos de que a sua mão já não nos larga.
Mª Graça Carvalho

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Os aleluias pascais

O dossier deste mês é dedicado à Páscoa, às maravilhas de Jesus Ressuscitado. Trata-se de contemplar o Ressuscitado e nos alegrarmos n’Ele. Trata-se de viver com entusiasmo os «Aleluias Pascais», os «Folares da Páscoa», qual deles o mais rico e mais profundo.

O primeiro é, sem dúvida, o dom do Pai. Foi a mensagem dita a Madalena – «Meu Pai e vosso Pai» –, tratando pela primeira vez os discípulos por Irmãos. Nunca os tinha chamado assim. Doravante, seu Pai é nosso Pai. Somos seus irmãos e vivemos a graça pascal, o dom pascal de termos Deus como nosso Pai. É a mensagem dita a Madalena e que deve ressoar em todos os corações. A alegre certeza do amor do Pai, deve ser, em nós, fonte de abandono filial e de entrega sem reservas.

O segundo folar pascal é o dom do perdão, que Jesus concede aos seus Apóstolos na aparição da tarde de Domingo de Páscoa. Doravante, pelo sacramento da Penitência, verdadeira Festa do Perdão, chega até nós a misericórdia do Pai, que Jesus Ressuscitado nos mereceu. Jesus misericordioso que, na cruz, pede perdão, não quer deixar-nos sem essa graça. Agora entrega essa graça à Igreja para distribuir a sua misericórdia sem limites.

O terceiro folar pascal é a alegria. Em todas as aparições, Ele fala ou concede a alegria. Páscoa é tempo de alegria espiritual, não de fáceis contentamentos. Páscoa é convite a viver alegres de Deus e alegres por causa de Deus. Páscoa é fonte da divina alegria, da divina música no coração do crente. Nascidos na manhã de Páscoa, temos que dar testemunho da alegria do Ressuscitado, alegria que nos vem de Jesus, da união com Ele, da graça da sua presença.

O quarto folar pascal é a paz. Em quase todas as Aparições, Jesus Ressuscitado fala da paz, concede a paz, faz os seus discípulos viverem a paz pascal. Ele é o Príncipe da Paz que venceu o Maligno. Estar em união com o Ressuscitado é viver a Paz que Deus é, viver em comunhão com Jesus, «nossa Paz». Paz no nosso interior, paz de consciência e de coração. Paz nas famílias para que não haja divisão e contenda. Paz na Igreja para que seja pacificada pelo Esposo. Paz entre povos e nações.

O quinto folar pascal é o dom do Espírito que Jesus, na tarde de Páscoa, concede aos seus Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo». Este Espírito descerá em plenitude no Pentecostes, mas já foi concedido pelo Ressuscitado. O Espírito Santo é o primeiro e maior dom de Jesus Ressuscitado. Ele é o Mestre interior, é o Fogo divino, é Sabedoria do Alto, é Amor eterno entre o Pai e o Filho, é graça que realiza a comunhão e a unidade, é Fortaleza divina no coração dos crentes.

O sexto folar pascal é a graça da Igreja, sua Esposa, nascida do seu lado aberto na cruz e, agora, seu Corpo Místico, que o Espírito vivifica como «alma da Igreja», dando-nos a graça de, na Igreja, recebermos o dom dos sacramentos, a vida divina, a vida da graça santificante. Igreja hierárquica e Igreja comunhão, Igreja Mãe e Mestra, Igreja ícone vivo da comunhão trinitária. Igreja que continua através dos séculos a missão do Ressuscitado.

O sétimo folar da Páscoa é a graça da «missão», do envio. Somos enviados, como Igreja e como baptizados, pela acção do Espírito, a continuar no mundo a missão de Jesus. Ele nos passa o facho aceso para agora sermos nós a exercer a sua missão. Trata-se da mística do apostolado que nasce na manhã de Páscoa. Daí que a Igreja é eminentemente missionária, apóstola, evangelizadora. Cada um dos baptizados, pelo dom do Ressuscitado, é chamado à missão.

O oitavo folar pascal é o dom do Coração aberto do Ressuscitado e o convite a entrarmos dentro d’Ele. O convite feito a S. Tomé: «mete a tua mão no meu lado», é feito a cada um de nós. Convite a entrarmos no seu Coração e aí encontrarmos repouso e refúgio. É o Coração do Ressuscitado, fonte divina de todos os dons, sempre a jorrar torrentes de misericórdia e de graça. Seu Coração aberto nos acolhe, nos incendeia, nos inebria, nos faz viver o fogo do seu amor divino.

O nono folar pascal é a «passagem» que a Páscoa é e significa. Somos convidados pelo Ressuscitado e movidos pelo seu Espírito a «passar» a uma vida nova, mais santa, mais fraterna, mais cheios de pobreza e de humildade, de perdão e de alegria. Passagem do pecado à graça, do orgulho à humildade, do egoísmo ao amor. Passagem que nos fará viver de um modo mais radical o Evangelho de Jesus e sermos homens e mulheres que se alegram de viver as bem-aventuranças.


Dário Pedroso, s.j.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Necessitamos nos santificar por Maria


Alma, imagem viva de Deus e resgatada pelo Sangue precioso de Jesus Cristo, a vontade de Deus a teu respeito é que te tornes santa como Ele nesta vida, e gloriosa como Ele na outra.A aquisição da santidade de Deus é tua vocação assegurada; e é para lá que todos os teus pensamentos, palavras e ações, teus sofrimentos e todos os movimentos de tua vida devem tender; ou [do contrário] tu resistes a Deus, não fazendo aquilo para o que Ele te criou e te conserva agora.Ó! Que obra admirável! A poeira transformada em luz, a imundície em pureza, o pecado em santidade, a criatura em Criador e o homem em Deus! Ó obra admirável! Eu o repito, mas obra difícil em si mesma e impossível à natureza por si só; unicamente Deus, por uma graça, uma graça abundante e extraordinária, é Quem pode levá-la a cabo; e a criação de todo o universo não é maior obra-prima do que esta.Alma, como farás? Que meios tu escolherás para subir onde Deus te chama? Os meios de salvação e de santidade são conhecidos de todos, estão assinalados no Evangelho, explicados pelos mestres da vida espiritual, são praticados pelos santos e necessários a todos os que querem salvar-se e chegar à perfeição; tais são: a humildade de coração, a oração contínua, a mortificação universal, o abandono à divina Providência, a conformidade com a vontade de Deus.Para praticar todos esses meios de salvação e de santidade, a graça e o socorro de Deus são absolutamente necessários, e esta graça é dada a todos, maior ou menor; não resta dúvida. Eu digo: maior ou menor; pois Deus, ainda que sendo infinitamente bom, não dá Sua graça igualmente forte para todos, embora Ele a dê suficiente para todos. A alma fiel a uma grande graça faz uma grande ação, e com uma fraca graça faz uma pequena ação. O valor e a excelência da graça dada por Deus e correspondida pela alma fazem o valor e a excelência de nossas ações. Esses princípios são incontestáveis.Tudo se reduz, portanto, a encontrar um meio fácil para obter de Deus a graça necessária para tornar-se santo; e é isto que eu quero ensinar. E, eu digo que para encontrar a graça de Deus, é necessário encontrar Maria.Porque Maria nos é necessária1º - Foi só Maria quem encontrou graça diante de Deus, para Si, e para cada homem em particular. Os patriarcas e os profetas, todos os santos da Antiga Lei não puderam encontrar esta graça. 2º - Foi Ela que deu o ser e a vida ao Autor de toda graça, e, por causa disso, Ela é chamada a Mãe da graça, Mater Gratiae. 3º - Deus Pai, de Quem todo dom perfeito e toda graça desce como de sua fonte essencial, dando-Lhe Seu Filho, deu-Lhe todas as Suas graças; de sorte que, como diz São Bernardo, a vontade de Deus Lhe foi dada nEle e com Ele.4º - Deus A escolheu para ser a tesoureira, a ecônoma e a dispensadora de todas as Suas graças; de modo que todas Suas graças e todos Seus dons passam por Suas mãos; e, conforme o poder que Ela recebeu dEle, segundo São Bernardino, Ela dá a quem Ela quer, como Ela quer, quando Ela quer e tanto quanto Ela quer, as graças do Pai Eterno, as virtudes de Jesus Cristo e os dons do Espírito Santo.5º - Assim como, na ordem natural, é preciso que uma criança tenha um pai e uma mãe, do mesmo modo, na ordem da graça, é necessário que um verdadeiro filho da Igreja tenha Deus por pai e Maria por mãe; e, se ele se gloria de ter Deus por pai, não tendo o carinho de um verdadeiro filho por Maria, é um farsante que não tem senão o demônio por pai.6º - Uma vez que Maria formou o Chefe dos predestinados, que é Jesus Cristo, cabe a Ela também formar os membros deste Chefe, que são os verdadeiros cristãos: pois uma mãe não forma o chefe sem os membros, nem os membros sem o chefe. Quem deseje, portanto, ser membro de Jesus Cristo, pleno de graça e de verdade, deve ser formado em Maria por meio da graça de Jesus Cristo, que reside nEla em plenitude, para ser comunicada em plenitude aos verdadeiros membros de Jesus Cristo e a Seus verdadeiros filhos.7º - O Espírito Santo tendo desposado Maria, e tendo produzido nEla, e por Ela, e dEla, Jesus Cristo, esta obra-prima, o Verbo Encarnado, como Ele nunca A repudiou, Ele continua a produzir todos os dias nEla e por Ela, de uma maneira misteriosa, mas verdadeira, os predestinados.8º - Maria recebeu de Deus uma dominação particular sobre as almas para as nutrir e fazer crescer em Deus. Santo Agostinho diz mesmo que, neste mundo, os predestinados estão todos contidos no seio de Maria, e que eles não vêm à luz senão quando esta boa Mãe os faz nascer para a vida eterna. Em conseqüência, como a criança tira todo seu alimento de sua mãe, que o dá proporcionado à sua fraqueza, da mesma forma os predestinados tiram toda sua nutrição espiritual e toda sua força de Maria.9º - Foi a Maria que Deus Pai disse: In Jacob inhabita: Minha Filha, habita em Jacó, quer dizer, nos Meus predestinados figurados por Jacó. Foi a Maria que Deus Filho disse: In Israel haereditare: Minha querida Mãe, tende Vossa herança em Israel, ou seja, nos predestinados. Enfim, foi a Maria que o Espírito Santo disse: In electis meis mitte radices: Lançai, minha fiel Esposa, raízes nos Meus eleitos. Qualquer um que seja, portanto, eleito e predestinado tem a Santíssima Virgem habitando em sua casa, quer dizer, em sua alma, e ele A deixa introduzir nela as raízes de uma profunda humildade, de uma ardente caridade e de todas as virtudes.10º - Maria é chamada por Santo Agostinho, e é, com efeito, o molde vivo de Deus, forma Dei, quer dizer, somente nEla Deus feito homem foi formado ao natural, sem que Lhe falte nenhum traço da Divindade, e é também nEla somente que o homem pode ser formado em Deus ao natural, tanto quanto a natureza humana é capaz, pela graça de Jesus Cristo.Um escultor pode fazer uma figura ou um retrato ao natural de duas maneiras: 1º - servindo-se de sua indústria, de sua força, de sua ciência e da qualidade de seus instrumentos para fazer essa figura em uma matéria dura e informe; 2º - ele pode colocá-la num molde. A primeira maneira é demorada, difícil, e sujeita a vários acidentes: não é preciso, freqüentemente, mais que um golpe mal dado de cinzel ou de martelo para estragar toda uma obra. A segunda é pronta, fácil e doce, quase sem sofrimento e sem custo, desde que o molde seja perfeito e que ele represente ao natural; desde que a matéria de que ele se sirva seja bem maleável, não resistindo nunca à sua mão.Maria é o grande molde de Deus, feito pelo Espírito Santo, para formar ao natural um Homem-Deus pela união hipostática, e para formar um homem-Deus pela graça. Não falta a este molde nenhum traço da divindade; qualquer um que seja jogado nele e se deixa manejar, nele recebe todos os traços de Jesus Cristo, verdadeiro Deus, de uma maneira doce e proporcionada à fraqueza humana, sem muita luta e trabalho; de uma maneira segura, sem medo de ilusão, pois o demônio nunca teve e não terá jamais entrada junto a Maria, santa e imaculada, sem sombra da menor mancha de pecado.Ó! Cara alma, que diferença há entre uma alma formada em Jesus Cristo pelas vias ordinárias daqueles que, como os escultores, se fiam em sua experiência e se apóiam em sua capacidade, e uma alma bem maleável, bem desfeita, bem derretida, e que, sem nenhum apoio em si mesma, se lança em Maria e nEla se deixa manusear pela operação do Espírito Santo! Quanto há de máculas, quanto há de defeitos, quanto há de trevas, quanto há de ilusões, quanto há de natural, quanto há de humano na primeira alma; e como a segunda é pura, divina e parecida com Jesus Cristo!Absolutamente não há, nem nunca haverá jamais, criatura onde Deus seja maior, fora dEle mesmo e em Si mesmo, que na divina Maria, sem exceção nem dos bem-aventurados, nem dos Querubins, nem dos mais altos Serafins, no Paraíso mesmo. Maria é o paraíso de Deus e Seu mundo inefável, onde o Filho de Deus entrou para lá operar maravilhas, para o guardar e comprazer-Se lá. Ele fez um mundo para o homem viandante, que é este [em que estamos]; Ele fez um mundo para o homem bem-aventurado, que é o Paraíso; mas Ele fez um outro para Si, ao qual deu o nome de Maria; mundo desconhecido a quase todos os mortais, e incompreensível a todos os Anjos e bem-aventurados, lá no Céu, que, na admiração de ver Deus tão elevado e tão distanciado deles todos, tão separado e tão recluso em Seu mundo, a divina Maria, bradam dia e noite: Santo, Santo, Santo.Feliz e mil vezes feliz a alma, cá embaixo, à qual o Espírito Santo revela o segredo de Maria, para o conhecer; e à qual Ele abre e permite penetrar esse jardim fechado, essa fonte selada para nela abeberar-se das águas vivas da graça! Esta alma não encontrará senão Deus somente, sem criatura, nesta amável criatura; mas Deus, ao mesmo tempo infinitamente santo e elevado, infinitamente condescendente e proporcionado à sua fraqueza. Uma vez que Deus está em todo lugar, pode-se encontrá-Lo em todo lugar, até nos infernos; mas não há lugar onde a criatura possa encontrá-Lo mais perto de si e mais proporcionada à sua fraqueza que em Maria, pois foi para este efeito que Ele desceu a Ela. Por toda parte Ele é o Pão dos fortes e dos Anjos; mas em Maria, Ele é o Pão dos filhos.Que ninguém imagine, portanto, junto com alguns falsos iluminados, que Maria, sendo criatura, seja um impedimento à união como o Criador; não é mais Maria que vive, é Jesus Cristo só, é Deus só que vive nEla. Sua transformação em Deus ultrapassa mais a de São Paulo e dos outros santos, de que o Céu ultrapassa a Terra em elevação. Maria não foi feita senão para Deus, e tal seria que Ela faça parar uma alma nEla mesma. Pelo contrário, Ela a lança em Deus e a une a Ele com tanto maior perfeição, quanto maior a união da alma com Ela. Maria é o eco admirável de Deus, que não responde senão: Deus, quando alguém grita: Maria, que não glorifica senão a Deus, quando, com Santa Isabel, alguém Lhe chama bem-aventurada. Se os falsos iluminados, que foram miseravelmente enganados pelo demônio até na oração, houvessem sabido encontrar Maria, e por Maria, Jesus, e por Jesus, Deus, eles não teriam tido tão terríveis quedas. Quando se tem uma vez encontrado Maria, e por Maria, Jesus, e por Jesus, Deus Pai, tem-se encontrado todo bem, dizem as almas santas: Inventa, etc. Quem diz a "todo" não faz exceção de nada: toda graça e toda amizade junto a Deus; toda sinceridade contra os inimigos de Deus; toda verdade contra a mentira; toda facilidade e toda vitória contra as dificuldades da salvação; toda doçura e toda alegria nas amarguras da vida.Isso não quer dizer que quem encontrou Maria, por meio de uma verdadeira devoção, seja isento de cruzes e de sofrimentos, tal seria; ele é mais assaltado do que qualquer outro, porque Maria, sendo a Mãe dos viventes, dá a todos os Seus filhos pedaços da Árvore da vida, que é a Cruz de Jesus; mas talhando-lhes umas boas cruzes, Ela lhes dá a graça de carregá-las pacientemente e mesmo alegremente; de sorte que as cruzes que Ela dá aos que Lhe pertencem são mais uns doces, ou umas cruzes confeitadas, que cruzes amargas; ou, se eles sentem por um tempo a amargura do cálice que é preciso beber necessariamente para ser amigo de Deus, a consolação e a alegria, que esta boa Mãe faz suceder à tristeza, os anima infinitamente a levar cruzes ainda mais pesadas e amargas.
ConclusãoA dificuldade está, portanto, em saber encontrar verdadeiramente a divina Maria, para encontrar toda graça abundante. Deus, sendo Senhor absoluto, pode comunicar por Ele mesmo o que Ele não comunica ordinariamente senão por Maria; não se pode negar, sem temeridade, que Ele o faça mesmo algumas vezes; entretanto, segundo a ordem que a divina Sabedoria estabeleceu, Ele não se comunica ordinariamente aos homens senão por Maria na ordem da graça, como diz São Tomás. É necessário, para subir e se unir a Ele, servir-se do mesmo meio de que Ele Se serviu para descer a nós, para se fazer homem e para nos comunicar Suas graças; e este meio é uma verdadeira devoção à Santa Virgem.
Autor: São Luís Maria G. de Montfort - O Segredo de Maria

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Retiro Anual do Apostolado da Oração

Realiza-se na Casa de Nossa Senhora do Carmo, em Fátima, de 17 a 19 de Junho, o habitual retiro anual do Apostolado da Oração.

O tema deste ano é «O Apostolado da Oração e os desafios de Bento XVI à Igreja em Portugal».

A orientação dos trabalhos é da responsabilidade dos Padres Dário Pedroso, S.J; Abel Paulo Guerra, S.J.; António Coelho, S.J.; António Valério, S.J.; Domingos Terra, S.J.

As inscrições terminam a 4 de Junho e devem ser enviadas para: P. Dário Pedroso, S.J., Secretário Nacional do Apostolado da Oração, Largo das Teresinhas, 5 – 4714-504 Braga.

O custo da diária é de 27,00€ e o pagamento será feito em Fátima

PEREGRINAÇÃO NACIONAL DO A.O. A FÁTIMA

Realiza-se no dia 16 de Outubro a primeira Peregrinação Nacional do Apostolado da Oração a Fátima, com o seguinte programa:

10h00 – Terço na Capelinha das Aparições:

– No final, Eucaristia, no altar exterior, presidida por D. Manuel Clemente, Bispo do Porto;

– À tarde, as pessoas que puderem são convidadas a integrar a procissão eucarística organizada pelo Santuário.

Os Centros devem fazer-se acompanhar da bandeira ou estandarte do Apostolado da Oração ou do Coração de Jesus.

terça-feira, 3 de maio de 2011