terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE

Ter, 8 – IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA – ANO C
Gen 3, 9-15.20 / Slm 97, 1-4 / Ef 1, 3-6.11-12 / Lc 1, 26-38

Novo Adão e nova Eva. Nossa Senhora manifestou-se, nas aparições de Lourdes (1858), como a «Imaculada Conceição». Pio IX proclamou o dogma da «cheia de graça desde a sua concepção» em 8.12.1854. D. João IV declarara, muito antes (25.3.1646), «tomar por padroeira de nossos Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição…, confessar e defender… que a Virgem Senhora Mãe de Deus foi concebida sem pecado original». É, pois, desde então, padroeira de Portugal. O paraíso perdido (1ª Leitura) é reconstituído sobre o alicerce inabalável da «toda bela», mãe do «amor perfeito».

Compreendemos que tivesse de ser «sem mancha» a mulher que – sendo «escrava do Senhor» – estava destinada a tornar-se Senhora, Rainha do Céu e da terra. Mãe de Jesus, por Ele dada a nós por Mãe, é «causa da nossa alegria», «honra do nosso povo», «mãe de misericórdia», «advogada nossa». Invocamos a sua intercessão «neste vale de lágrimas», e rejubilamos por Maria ter sido «concebida sem pecado». Nasceu de seus pais como todas as crianças, e ser ilibada da culpa original é fruto antecipado da graça advinda da morte redentora de Jesus Cristo. É «bendita entre as mulheres», porque foi objecto de uma predilecção especial de Deus, tendo em vista a sua missão maternal e co-redentora, ao lado do Filho. Ter uma Mãe assim, é fonte de esperança e de felicidade para os «degredados filhos de Eva», que voltam a aspirar à bem-aventurança paradisíaca, em que Maria é modelo de santidade. Damos graças a Deus pelas maravilhas divinas nela operadas e pelos benefícios que, por ela, sobre nós são derramados.

Nova humanidade. Deus quer-nos presentear com a sua amizade e proximidade. Perante Deus, todos os homens são pobres e nus, mas Ele não desiste, apesar do pecado, de nos reconduzir ao «jardim» da alegria. Jesus virá, veio, para nos doar um futuro novo, cuja base divino-humana é Maria, na humildade de quem sabe que, sendo criatura, tudo recebeu de graça. Pedimos à «Medianeira de todas as graças» que rogue «por nós, pecadores».

Também fomos escolhidos «antes da criação do mundo» (2ª Leitura) para vivermos em santidade e sem mancha, porque fomos predestinados para sermos filhos, por meio de Jesus Cristo, tendo Maria por Mãe. Ela é para nós modelo de fé, «porque acreditou» (Lc 1, 45), de humildade agradecida, de disponibilidade incondicional para confiar, até à cruz, que só Deus é grande e ama o mundo, porque é Amor e o seu é um amor para sempre

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