quinta-feira, 22 de março de 2012

S. José, obtém-nos o silêncio

S. José, obtém-nos o silêncio Quando as ferramentas são guardadas no seu lugar e o trabalho do dia termina, Quando do Carmelo ao Jordão, Israel adormece no trigo e na noite, Como antigamente quando ele era jovem e ficava muito escuro para ler, José conversa com Deus com um grande suspiro. Ele preferiu a Sabedoria e é ela que lhe é trazida para a desposar. 
Ele é silencioso como a terra à hora do orvalho, Ele está na abundância e na noite, ele está bem na alegria, ele está bem na verdade Maria está na sua posse, e ele a rodeia de todos os lados.
 Não foi num só dia que aprendeu a nunca mais estar só Uma mulher conquistou cada parcela do seu coração agora prudente e paternal Está de novo no Paraíso com Eva! 
Este rosto de que todos os homens precisam, volta-se com amor e submissão para José. 
 Já não é a antiga prece e já não é a antiga espera depois de que ele sente subitamente um braço sem ódio, o apoio deste ser profundo e inocente. 
Já não é a fé nua na noite, é o amor que explica e opera. 
José está com Maria e Maria está com o Pai. 
 E nós também, para que Deus finalmente seja permitido Suas obras ultrapassam a nossa razão, Para que a sua luz não se apague por outras luzes, E as suas palavras pelo nosso ruído, 
Para que cesse o homem E para que venha o vosso reino,
 E se cumpra a vossa vontade,
 Para que reencontremos a origem com profundas delícias,
 Para que o mar se acalme e Maria comece, Ela que tem a melhor parte, 
E que do antigo Israel abate a resistência, 
José, Patriarca interior, obtém-nos o silêncio
 Paul Claudel (1868-1955)

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