sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mensagem para a Quaresma 2012 de BENTO XVI

 PEDE MAIS ATENÇÃO AOS OUTROS E UMA PREOCUPAÇÃO CONCRETA PELOS MAIS POBRES

O Papa Bento XVI pede, na sua Mensagem para a Quaresma 2012, mais atenção uns aos outros e uma «preocupação concreta pelos mais pobres», lembrando que «o encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança».

No documento, intitulado «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» - expressão retirada da Carta aos Hebreus - o Santo Padre convida os católicos a uma atitude contrária à «indiferença» e ao «desinteresse», que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada».

E, neste sentido, Bento XVI adverte: «a atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual». O bem, explica, «é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim, a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades».

O Papa prossegue a sua Mensagem apelando a que sejamos capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; «o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre».

Bento XVI fala ainda da necessidade de «recuperar a dimensão do amor cristão» que assenta na obra de misericórdia espiritual «corrigir os que erram», de modo que não fiquemos «calados diante do mal».

«Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem», refere, lembrando que «a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social».

O Santo Padre termina a sua Mensagem com um repto, inspirado na Carta aos Hebreus (6, 10): «que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas

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