Congregação para o Clero escreveu carta aos presbíteros
«O mundo de hoje, com as suas feridas sempre mais dolorosas e preocupantes, precisa do Deus-Trindade, e anunciá-Lo é tarefa da Igreja» que, para executar essa mesma tarefa, «deve permanecer indissoluvelmente abraçada a Cristo e não deixar-se nunca separar d’Ele». Para tal, ela «necessita de santos que morem “no coração de Jesus” e sejam testemunhas felizes do Amor Trinitário de Deus».
A ideia consta da Carta aos Sacerdotes publicada pela Congregação para o Clero a propósito da Jornada Mundial de Oração pela Santificação do Clero, que se assinala a 15 de Junho. Neste documento, o organismo do Vaticano afirma que «os sacerdotes, para servirem a Igreja e o Mundo, precisam de ser santos».
«Não podemos santificar-nos sem trabalhar pela santificação dos nossos irmãos, e não podemos trabalhar pela santificação dos nossos irmãos sem que primeiro tenhamos trabalhado e ainda trabalhemos na nossa própria santificação».
De acordo com a Congregação para o Clero, «como ministros da misericórdia de Deus», os sacerdotes sabem «que a busca da santidade pode recomeçar sempre através do arrependimento e do perdão. Todavia, sentimos também a necessidade de pedi-lo individualmente, como sacerdotes, em nome de todos os sacerdotes e por todos os sacerdotes».
A carta refere que «as nações já cristianizadas não são mais tentadas a cair num ateísmo genérico (como no passado), mas correm o risco de serem vítimas daquele particular ateísmo que consiste em esquecer a beleza e o calor da Revelação Trinitária».
Hoje, são sobretudo os sacerdotes que, na sua adoração e no seu ministério diários, «devem reconduzir tudo à Comunhão Trinitária». Segundo a Congregação para o Clero, «somente a partir desta e imergindo-se nela os fiéis podem descobrir realmente a Face do Filho de Deus e a sua contemporaneidade, e podem verdadeiramente atingir o coração de cada homem e a pátria à qual todos são chamados».
«Apenas assim, nós sacerdotes podemos oferecer novamente aos homens de hoje a dignidade de ser pessoa, o sentido das relações humanas e da vida social, e o objectivo de toda a criação».
Segundo o documento, «nenhuma nova evangelização será realmente possível se nós cristãos não estivermos em condições de causar impacto e comover novamente o mundo com o anúncio da Natureza de Amor do Nosso Deus, nas Três Pessoas Divinas, que a exprimem e que nos envolvem na sua própria vida».
A Carta é acompanhada por uma Oração pela santa Igreja e pelos sacerdotes, de Santa Faustina Kowalska:
Oração Pelos Sacerdotes
Santa Faustina Kowalska
Ó meu Jesus, peço-Vos por toda a Igreja,
concedei-lhe o amor e a luz do Vosso Espírito,
dai vigor às palavras dos sacerdotes,
de tal modo que os corações endurecidos
se enterneçam e regressem a Vós, Senhor.
Ó, Senhor, dai-nos santos sacerdotes;
Vós mesmo conservai-os na santidade.
Ó Divino e Sumo Sacerdote,
que o poder da vossa misericórdia
os acompanhe em todos os lugares
e os defenda das insídias e dos laços do diabo,
pois ele tenta continuamente as almas dos sacerdotes.
Ó Senhor, que o poder da Vossa misericórdia
quebre e aniquile tudo aquilo
que possa obscurecer a santidade dos sacerdotes,
porque Vós podeis todas as coisas.
Meu Jesus amantíssimo,
Peço-Vos pelo triunfo da Vossa Igreja,
para que abençoes o Santo Padre e todo o clero;
para obter a graça da conversão
dos pecadores obstinados no pecado;
por uma especial bênção e luz,
peço-Vos, Jesus, pelos sacerdotes
com os quais me confessarei durante toda a minha vida.
Fonte:Apostolado da Oração
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