"Muitos os
pedidos de pessoas que nos pedem sobre como confessar bem.
Aqui damos algumas instruções anexando um Exame de Consciência.
Boa confissão! ".
Já num artigo anterior, "CONFISSÃO", colocamos
ao leitor a necessidade de buscar ao confessionário, e lembramos a
importância que ela tem para a cura do corpo, pela cura da alma.
Entretanto, é assombroso ainda o número de católicos que não sabem
confessar direito, não sabem nem o que é, ou não é pecado, nem
sabem o que contar ao sacerdote. Desta forma, imagino que são inumeráveis
as confissões mal feitas (1), onde sequer acontece a absolvição
(2), pois existem alguns pré-requisitos indispensáveis, sem os quais
o efeito é nulo, quando não perverso, pois complica ainda mais a
vida do penitente. Isso acontece, em especial no caso das pessoas que
guardam um ou mais “pecados de estimação”, aqueles que elas
sabem que tem, sabem que são falta, mas não confessam por vergonha
ou medo.
Assim, nosso interesse é levar o leitor que assim se
interessa, a fazer uma boa confissão, para que tenha certeza – a
partir dali – de que está indo decididamente para os braços de
Deus e que não mais choca em seu coração, os ovos da serpente. Sim,
esta maldita e feroz criatura, tudo faz para subverter o sentido do
pecado, para apagar das mentes das pessoas a noção dele e assim
consegue que muitos caiam em suas malhas perversas. Antes de seguir,
porém, precisamos dar mais algumas noções sobre pecado, afim de que
o leitor entenda o motivo, a necessidade, a obrigação de confessar.
No texto anterior, explicamos a forma como diferenciar uma falta grave
de uma falta leve, ou seja, um pecado mortal e um venial. Agora vamos
alertar, que todo pecado tem uma dupla conseqüência o chamado:
REATO: Devemos saber então que todo o pecado seja ele
VENIAL ou leve, seja MORTAL ou grave, tem sempre uma dupla conseqüência,
isto é: Culpa e Dano!
Este é o chamado “REATO”.
A culpa é a causada perante DEUS, por qualquer pecado cometido
por nós e permanece até a confissão a um sacerdote, a absolvição
e a penitência. O Dano é causado a nossos irmãos, porque
qualquer pecado cometido, tanto ofende a Deus, quanto afeta ou atinge
a cada um de nós que somos o Corpo Místico de Cristo e vivemos em
comum união. Como nada podemos fazer para Deus em si, que apague este
dano, devemos saldá-lo junto a nossos irmãos. A perfeita justiça
divina exige que ambos sejam satisfeitos – culpa e dano –
para o bem da alma. Uma vez perdoado por DEUS, Ele esquece nossa
falta.
A
culpa: É apagada SOMENTE pela confissão e a absolvição,
feitas apenas por um sacerdote, que para isso recebeu do próprio
Jesus o poder de perdoar pecados; (Jo 20,23) mais ou menos como se
Deus dissesse: Para Mim filho,
você não deve mais nada; vai e não tornes a pecar!(Jo 8,11)
Deus SEMPRE perdoa a todos aqueles que a Ele recorrem contritos,
humildes e profundamente arrependidos. Por isso Ele diz: fora os
hipócritas! Quer dizer, Deus NÃO pode perdoar, a quem a ELE
deixa de recorrer, a quem não Lhe pede perdão através do seu
sacerdote, até sob pena de Se contradizer, pois outorgou aos
consagrados, aqui na terra, este poder. A mesma coisa seria, se o patrão
desse uma ordem ao empregado e ele próprio agisse de outra forma, na
frente dele. Por aí se pode ver que só os orgulhosos não pedem perdão
a Deus.
O
dano:
Ora, sabemos que o pecado é a causa de todo o mal. Quer
dizer, o pecado de cada um é fonte do mal que acontece a todos, pois
se não houvesse nenhum pecado no mundo, não haveria mal nem maldade,
nem dor e nem doença em pessoa alguma. Como conseqüência, mesmo
depois de o pecado ter sido confessado ao sacerdote, e absolvido em
nome de Deus quanto à culpa, resta ainda o dano a ser reparado. A
Justiça Divina precisa então ser satisfeita, pela reparação
completa do mal causado aos irmãos. E isso nem sempre se consegue
apenas pelo cumprimento da penitência imposta pelo sacerdote, porque
quase nunca ela é cumprida com devoção, nem há uma contrição
verdadeira, nem um arrependimento profundo ou promessa radical de
mudança.
Resta então, quase sempre, ainda um saldo de dano a ser
reparado. A soma destes danos e a gravidade deles é que vai
determinar o tipo de expiação exigida e a duração da pena do
purgatório. Assim, se a pessoa não reza o suficiente em vida, para
obter as “pedras” ou “graças” capazes de saldar aqui todas as
suas dívidas, quando vai à eternidade precisa antes expiar essas
faltas. Eis então que a espera o purgatório. Como ali, ela não pode
rezar por si mesma, torna-se um “mendiga” de graças se não
rezam daqui por ela. Se pessoas rezam por ela, vai ao céu mais rápido!
Vê-se então que o purgatório, longe de ser um castigo, é um
verdadeiro abismo da divina misericórdia, pois se o Pai não
permitisse este intercâmbio incrível de graças, entre padecentes,
glorificados e nós os militantes, quase não haveria santos no céu.
QUAL A PENA: Outros já têm nos perguntado, quanto se pode
pagar para expiar um só pecado grave – já confessado e ainda não
reparado – em tempo de permanência no purgatório. O Livreto o
Segredo do Rosário, dos Monfortinos, registra que antigos cânones da
Igreja prevêem sete, dez, quinze ou até vinte anos de
expiação por uma única falta grave, confessada, mas não reparada
em vida. Ora, sabendo que pessoas passam a vida inteira sem confessar
direito, ou sem reparar nenhuma de suas faltas, não é de estranhar
então quando sabemos que há almas que estão destinadas a cumprirem
mil gerações de pena no purgatório. Isso seria em tese vinte e
cinco mil anos.
Claro que os pecados veniais, ou leves, acarretam também,
todos, determinadas penas. Nada escapa à perfeita justiça de Deus.
Mas por serem leves, ou involuntários, não devemos nos acostumar a
eles, pois são um caminho para o cometimento de faltas maiores e
graves. De fato, um o acúmulo de pequenos defeitos, pode causar
grande mal a uma alma. É também preciso que se os confesse ao padre,
pois somente da confissão poderá lhe ser dada a justa penitência
que o confessor aplicará.
AGORA A CONFISSÃO –
lembre-se!
A -
Uma confissão não tem valor quando:
1)- Se omite
um pecado mortal por exame de consciência feito de modo
negligente;
2)-
A confissão se faz sem arrependimento e sem propósito
sincero de emenda, tomado antes de confessar os pecados.
3)-
Se oculta de propósito um pecado mortal, conhecido por
tal, ou quando se omite de propósito o número dos pecados mortais ou
uma circunstância necessária;
4)-
Já antes da absolvição, não se tem vontade de cumprir a
penitência.
B – Outros requisitos:
1)-
Cumpriste fielmente a penitência imposta na última confissão?
2)-
Lembrar que absolvição (2) não implica em perdão da falta,
pois a pessoa deve cumprir todos os requisitos, para que o perdão
ocorra na terra e no céu.
EXAME DE CONSCIÊNCIA:
É a meditação consciente e compenetrada, de todos os pecados que a
pessoa cometeu desde a última confissão, até naquela data,
inclusive dos pecados que não tenha lembrado na última confissão.
Neste caso, a pessoa deve observar isso ao seu confessor. Para
mais facilmente recordá-los, leia atentamente, sempre refletindo, o
seguinte resumo dos pecados mais comuns, e se possível escreva-os
para não esquecer. Se lembrar de outros, não deixe de anotar também.
A – Pecados contra os
mandamentos da Lei de Deus:
1º Mandamento: AMARÁS AO SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE
TODA A TUA ALMA, DE TODAS AS TUAS FORÇAS
Duvidei da existência de Deus? Acreditei apenas num ser supremo?
Acreditei fielmente em tudo o que Deus revelou, ou duvidei
voluntariamente de alguma doutrina da Igreja Católica? Reneguei ou
abandonei minha fé? Pensei ou afirmei que todas as religiões são
boas? Li, assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos,
revistas, ou jornais contrários a Deus e a santa religião, a aos
bons costumes? Dei ouvido a conversas ou discursos ímpios ou heréticos?
Zombei da religião, ou de seus ministros? Zombei das coisas santas?
Desconfiei da misericórdia de Deus? Queixei-me de sua providência
nas doenças, na pobreza e nos sofrimentos? Revoltei-me contra Deus?
Freqüentei reuniões, cultos ou organizações contrárias a minha fé,
como espiritismo, umbanda, quimbanda, candomblé, mesa preta, mesa
branca (ambas iguais), jorei, saravá, batuque, associações ocultas,
curandeirismo, seicho-no-yê, cartomantes, magia, feiticeiros,
benzedeiras, adivinhos? Estou levando comigo, ou já levei orações
supersticiosas? Agouros? Amuletos? Figurinhas ou imagens de candomblé?
Fetiches? Lidei com despachos? Fiz oferendas a yemanjá! Uso em casa
ou comigo objetos para dar sorte: Budas, elefantes, gnomos, duendes,
ferraduras e pé de coelho e outras porcarias? Acreditei em horóscopo?
Fiz curso de controle mental ou desenvolvimento mental e
emocional ou meditação transcendental? Talvez não tenha
participado diretamente nestas reuniões, cultos ou organizações
contrárias a minha fé, mas deles participaram meus pais, parentes ou
outros e me comprometeram indiretamente? Talvez tenha ido por estudo
ou curiosidade (contudo você ficou comprometido)? Coloquei as coisas
do mundo, tais como riqueza, prazer, poder, fama, os meus
conhecimentos acima de Deus? Adorei a Satanás? Invoquei aos demônios?
Evoquei os espíritos dos mortos? Acreditei na reencarnação?
Desesperei ou fui presunçoso esperando a salvação sem deixar o
pecado? Cometi pecados no intuito de confessá-los mais tarde? Amei a
Deus e cumpri bem sua santa vontade? Deixei de rezar por muito tempo?
Rezei sem devoção, com distrações voluntárias?
2º Mandamento: NÃO PRONUNCIARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO
Profanei
o Santíssimo Sacramento, pessoas, lugares, imagens, coisas,
consagrados a Deus? Blasfemei contra Deus? Contra sua Mãe, Maria Santíssima?
Contra os Santos? Contra a Igreja e seus ministros? Roguei praga
contra Deus? Ofendi a Deus com palavras? Jurei pelo seu santo nome sem
necessidade? Jurei falso? Pronunciei levianamente o nome de Deus?
Pronunciei o nome de Deus dizendo palavras irreverentes? Deixei de
cumprir uma promessa?
3º Mandamento: GUARDARÁS O
DOMINGO E DIAS SANTOS DE PRECEITO
Participei da missa inteira aos domingos e dias santos? Cheguei
tarde por própria culpa? Fui irreverente na Igreja, rindo-me
conversando inutilmente? Tenho trabalhado ou obrigado os outros a
trabalhar aos domingos e dias santos? Aproveitei estes dias para rezar
mais e passar mais tempo com minha família? Uso o domingo apenas para
lazer e repouso sem tempo algum para Deus? Desviei outros de
assistirem a Missa aos Domingos? Costumo programar meu lazer no
domingo, exatamente para não ter que ir à Missa?
4º Mandamento: HONRARÁS PAI
E MÃE
Para os filhos: Desrespeitei os pais ou superiores falando-lhes
asperamente ou respondendo-lhes mal? Murmurei contra eles?
Entristeci-os gravemente? Recusei-lhes a obediência? Obedeci de má
vontade? Descuidei-me dos pais na velhice, na pobreza ou na doença
(sustento, últimos sacramentos, remédios)? Desejei-lhes mal? Deixei
de rezar por eles? Fui rude com eles julgando-os? Cheguei a bater nos
meus pais?
Para os pais:
Protelei por meses e até anos o batismo de meus filhos, ou a
primeira comunhão? Descuidei-me da educação física, intelectual, e
principalmente da educação religiosa dos meus filhos? Não os mandei
à missa aos domingos, ao catecismo? Controlei suas leituras, seus
divertimentos? Dei-lhes mau exemplo? Deixei de corrigi-los no momento
certo? Castiguei-os com ira e rudeza? Deixei-os assistir qualquer
programa de TV dizendo que devem aprender tudo? Não controlei suas
amizades?
5º Mandamento: NÃO MATARÁS
Tive ódio do próximo? Desejei-lhes mal? Desejei-lhes a morte?
Conservei alguma inimizade? Fui imoderado no comer e beber?
Embriaguei-me? Usei tóxicos? Expus-me ao perigo de vida sem
necessidade, como alta velocidade, rapel, body-jump, surf em altas
ondas? Aventuras perigosas! Tentei suicídio? Injuriei aos outros?
Deixei de ajudar ao próximo em suas necessidades materiais e
espirituais? Briguei? Alimentei pensamentos ou desejos de vingança?
Seduzi outra pessoa ao pecado ou dei escândalo? Roguei pragas?
Denunciei alguém injustamente para tirar proveito? Pus em perigo a
vida corporal e espiritual dos outros? Com palavras? Omissões?
Atitudes exageradas? Temeridade na direção do carro? Disse palavras
injuriosas para com o meu próximo? Espanquei? Feri? Matei alguém?
Matei ou aconselhei a matar? Aconselhei ou provoquei o aborto? Lutei
pela causa do aborto e da eutanásia? Fiquei triste com o bem do próximo?
Dei mau exemplo? Maltratei os animais sem necessidade? Não tive
caridade para com os pobres, doentes e necessitados?
6º e 9º Mandamento: NÃO PECARÁS CONTRA A CASTIDADE. NÃO COBIÇARÁS
A MULHER DO PRÓXIMO
Consenti
em pensamentos desonestos e em maus desejos? Olhei indiscreta e
maliciosamente para coisas indecentes, pessoas descompostas? Tive
conversas imorais? Cantei músicas imorais? Li e olhei livros e
revistas, estampas e fotografias obscenas e imorais? Pratiquei atos
indecentes comigo mesmo, com outra pessoa, do mesmo sexo ou do outro
sexo, com animais? Faltei com o pudor ou com a moléstia em meus
trajes? Tive liberdades excessivas no namoro? Defendi a promiscuidade
e relações pré-matrimoniais? Defendi o divórcio? Defendi o aborto?
Rezo pedindo a Deus força para ser casto?
Para os casados: Procurei
satisfação carnal fora do matrimônio? (adultério ou pecado solitário
(masturbação)). Desejei o adultério? Abusei do matrimônio evitando
ter filhos por meios não aprovados pela igreja? Aconselhei meios para
este fim?
Nota: Acusa-te com
sinceridade e confiança de tudo quanto neste ponto agrava a tua
consciência, dizendo também, quanto possível, o número dos
pecados. A menor falta voluntária contra a virtude da castidade e
pureza do coração pode facilmente ser a de uma torre de pecados e
crimes vergonhosos que arrastam a alma para a desgraça eterna. “Bem
sabeis”, diz o Apóstolo São Paulo, “que nenhum impuro tem herança
no reino de Deus”, (Efes. 5,5) Diga, embora, o mundo o que quiser,
verdade é que os pecados da impureza levam às portas do inferno, e
às vezes muito cedo e muito depressa. Procura purificar cada vez mais
a tua alma de toda a mancha, por meio de uma humilde acusação no
santo Sacramento da Penitência. Não sabendo se alguma coisa é ou não
pecaminosa, pergunta ao confessor que te responderá em nome de Deus.
Tem para sempre, um grande amor à virtude preciosa da santa pureza,
lembrando-te, constantemente, das sublimes palavras de Jesus:
“Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a
Deus”. (Mt.5)
7 e 10º Mandamento: NÃO FURTARÁS. NÃO COBIÇARÁS AS COISAS
ALHEIAS
Tive vontade de roubar alguma coisa? Comprei e não paguei? Pedi
emprestado e não devolvi? Furtei? Roubei? Aceitei objetos furtados?
Guardei-os? Furtei dinheiro dos meus pais? Cobicei as coisas alheias?
Não restitui ao dono um objeto achado? Planejei algum furto? Causei
algum prejuízo de propósito ou por negligência? Deixei de pagar as
dívidas? Cobrei juros extorsivos? Não paguei ao operário o salário
justo? Enganei o próximo, usando de peso e medida falsos, enganando
nas mercadorias ou encomendas? Abusei da alta dos preços? Apelei
injustamente para a justiça trabalhista para obter indenizações
indevidas? Desperdicei tempo no trabalho? Retive coisas que deveria
ter dado ao próximo? Desperdicei o dinheiro em jogo?
8º Mandamento: NÃO LEVENTARÁS FALSO TESTEMUNHO
Menti? Falei mal dos outros? Difamei? Caluniei? Fiz juízos
falsos e temerários? Semeei discórdia, inimizades na família?
Provoquei inimizades políticas? Exagerei as faltas dos outros? Dei
falso testemunho contra o próximo? Gosto de ouvir falar mal do próximo?
Sou critiqueiro, fofoqueiro, mexeriqueiro? Reparei o mal que fiz com
calúnias e mexericos? Violei segredos? Abri cartas alheias? Fingi
doenças, pobreza, piedade para enganar os outros?
CONTRA OS MANDAMENTOS DA
IGREJA Ouvi missas nos domingos e festas de guarda? Confessei-me
pelo menos uma vez por ano? Comunguei pelo menos uma vez pela Páscoa
da ressurreição? Jejuei e me abstive de carne quando manda a Santa Mãe
Igreja (Quarta-feira de Cinza e Sexta-feira Santa)? Pago o dízimo
corretamente?
LEMBRE-SE: Quem não cumpre algum destes cinco mandamentos da Igreja,
com toda a correção, está em pecado grave. Quanto ao dízimo, não
pense que se escusa dizendo que a Igreja, ou os padres, já estão
ricos, ou que usam mal o dinheiro, ou que outros também não pagam,
que você também não deve pagar. Quem ensina nestas coisas é o
diabo, que não quer de forma alguma que você dê a Deus o que é
de Deus.
Aviso
importante sobre o efeito da contrição
Tendo,
pois, por tentação caído em algum pecado mortal, deves recorrer,
quanto antes, ao Sacramento da Penitência. Não podendo, porém, na
mesma hora encontrar um Sacerdote que te perdoe por ordem de Jesus
Cristo, nem por isso Deus quer que te percas. Neste caso, reza com
toda devoção e com toda a dor de tua alma um ato de contrição,
arrependendo-te de ter sido tão ingrato ao teu Pai que está no céu,
e ao teu Salvador, que por amor de ti morreu na cruz. Faz então o
firme propósito de não ofender mais a Deus com nenhum pecado mortal,
e de confessar sinceramente as tuas culpas a um seu ministro, quando
te for possível. Morrendo
assim antes da Confissão, serás salvo pela graça de Deus que
recuperaste pelo arrependimento perfeito e pelo sincero desejo de te
confessar. “Um coração contrito e humilhado Deus não o desprezará.”
(Sl. 50)
Mais
quatro coisas são indispensáveis no caso da falta absoluta de padre
e até acha-lo:
1.
O arrependimento perfeito por amor de Deus;
2.
O firme propósito de não cometer mais nenhum pecado mortal;
3.
A sincera vontade de confessar a culpa a um sacerdote, se em
qualquer tempo for possível;
4.
Como rezamos Pai Nosso, os nossos pecados só serão perdoados se
dermos o nosso perdão.
Ato simples de Contrição –
Você pode usar também palavras espontâneas.
Meu
Deus, eu me arrependo de todo o meu coração de Vos ter ofendido e
procurarei nunca mais tornar a pecar. Meu Jesus, perdão e misericórdia.
CUMPRIR A PENITÊNCIA: Só agora é o momento de ir ao
sacerdote. Depois de você ter ido ao confessor, relatado as suas
faltas diretamente sem deixar nada que lembra para trás, deverá
cumprir fielmente a penitência que lhe será imposta pelo confessor.
Muitas vezes, se ela for cumprida com toda a boa vontade, contrição
e profundo arrependimento, poderá eliminar até a pena do purgatório.
Muita gente vai ao purgatório depois de morrer, por haver confessado
mal ou não cumprido a penitência.
ÚLTIMO AVISO: Ao confessar ao sacerdote, não tente justificar
seus pecados. Cada vez que você faz isso, dá sinal de falta de
contrição e pode até invalidar a confissão. Melhor será confessar
algo que não cometeu, e dar mais gravidade a falta que ela de fato
tem, que tentar justificar o erro e não obter o perdão de Deus. Sim,
você pode até enganar ao padre, mas não enganará jamais a Deus “que
sonda até o mais íntimo do nosso coração”!
Cumpridos todos estes requisitos, sem fingimento nem falsa contrição,
você sentirá em sua alma um alívio indescritível e não quererá
jamais perder este sentimento. De fato, as confissões bem feitas,
ajudam a pessoa a ter horror ao pecado – sentimento que vem de Deus
– e isso ajuda e muito para a pessoa não voltar a pecar. Fiquem com
Deus!
Ame
a confissão! Sem ela não há cura possível! Nem do corpo e nem da
alma!
Fonte:
Recados do Aarão
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