quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu é uma realidade que nos toca também a nós.


2012-08-15 Rádio Vaticana
Nesta quarta-feira 15 de Agosto, Festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, o Papa celebrou missa às 8 horas da manhã na Paróquia de São Tomás de Villanova em Castelo Gandolfo e, ao meio dia, rezou a oração do Angelus da varanda que dá sobre o pátio da sua residência estiva, juntamente com os numerosos fieis ali reunidos.
Nas palavras que lhes dirigiu antes da oração, Bento XVI, tal como fizera já na homilia da manhã, deteve-se sobre a história e o significado da festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, uma solenidade comum tanto à Igreja do Ocidente como do Oriente.
Na Igreja católica – disse – foi no ano de 1950 que o Papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção. Mas esta celebração é muito mais antiga: já em finais do século IV muitos autores falam de Maria na Gloria de Deus em corpo e alma e, em meados do século V, com o Concílio de Éfeso, em 431, a festa da Mãe de Deus (Theotokos) consolida-se em Jerusalém e passa ser conhecida como festa da dormição, da passagem, do transito, da Assunção de Maria, ou seja a celebração do momento em que Maria sai do cenário deste mundo, glorificada de corpo e alma, para o Céu, em Deus.
Para compreender o significado da Assunção – disse ainda o Papa – devemos olhar para a Páscoa, grande mistério da nossa Salvação, passagem de Jesus para a Glória do Pai através da paixão, morte e ressurreição. Maria que gerou o Filho de Deus na carne é a criatura mais inserida neste mistério. A sua Assunção ao Céu é, portanto, o mistério da Páscoa que se realiza plenamente nela. Ela está intimamente ligada ao seu Filho ressuscitado – afirmou o Papa recordando que isto toca-nos também a nós:
Mas a Assunção é uma realidade que nos toca também a nós porque nos indica de forma luminosa o nosso destino, o da Humanidade e da História. Em Maria, contemplamos, com efeito, aquela realidade da Glória a que cada um de nós é chamado em toda a Igreja.”
O Papa deteve-se depois na leitura do Evangelho da missa desta solenidade da Assunção, em que São Lucas fala da visita de Maria a Elisabete, momento em que Nossa Senhora é proclama bem aventurada entre as mulheres porque acreditou nas palavras do Senhor, e no canto do Magnificat transparece toda a sua profunda fé. Ela coloca-se, portanto, entre os pobres e humildes que não se estribam unicamente nas suas forças, mas confiam-se a Deus. E o Papa acrescentou:
“Se a Assunção nos abre ao futuro luminoso que nos espera, convida-nos também, com força, a confiarmo-nos ainda mais a Deus, a seguir a sua Palavra, a procurar e a realizar, todos os dias, a sua vontade: é esta a via que nos torna “bem-aventurados” na nossa peregrinação terrena e nos abre as portas do Céu.”
O Papa concluiu citando o Concilio Vaticano II, segundo o qual Nossa Senhora continua com as suas interceptações a obter graças e a cuidar com materna caridade dos irmãos do Seu Filho ainda peregrinos nesta terra até que sejamos conduzidos à Pátria beata”
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Depois da oração do Angelus, Bento XVI saudou os peregrinos, alegres e atentos às suas palavras, em várias línguas, entre as quais o português:
Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus
Ainda antes de falar em português, ao saudar os peregrinos de língua inglesa, o Papa referiu-se aos vindos da Nigéria, Gana e Burkina-Faso, exprimindo o desejo de que o exemplo e as orações de Nossa Senhora, rainha dos Céus inspire e apoie a sua peregrinação de fé.

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