sábado, 29 de setembro de 2012

CARTA DE SUA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA O SENHOR CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA AOS PÁROCOS E ÀS COMUNIDADES CRISTÃS DO PATRIARCADO DE LISBOA ACERCA DA ABERTURA DO ANO DA FÉ



Irmãos e Irmãs,

No próximo dia 11 de Outubro, o Santo Padre Bento XVI abrirá solenemente, em Roma, o Ano da Fé, data que evoca a abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II, há cinquenta anos, e dá início ao Sínodo especial sobre a Nova Evangelização.

Os Bispos de Portugal decidiram que, em plano nacional, esta abertura do Ano da Fé e a evocação do início do Concílio se realizará em Fátima, na peregrinação de 13 de Outubro à qual eu próprio presidirei.

Isto não exclui que nas Diocese e nas Paróquias se assinale esta abertura do Ano da Fé. Na nossa Diocese fá-lo-emos no dia 25 de Outubro, na Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal. As Paróquias encontrarão o modo e o momento de assinalar esta abertura, sempre em comunhão com o Santo Padre e com a Diocese de Lisboa.

O Santo Padre tem oferecido à Igreja, através da Congregação para a Doutrina da Fé e do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, material abundante que nos ajudará na vivência pastoral deste Ano da Fé. A escuta da Palavra de Deus, a oração comunitária e pessoal são elementos decisivos no nosso aprofundamento pessoal da fé. Lembro a sugestão do Santo Padre de fazer do “Credo”, aprendido de cor, fórmula de oração pessoal durante este ano.

Não esqueçamos que esta busca de um aprofundamento da fé deve integrar, por vontade do Santo Padre, a releitura do Concílio Vaticano II, guiados pelo Catecismo da Igreja Católica, e o empenho numa “nova evangelização” a qual, no dizer de João Paulo II, encontra a sua força e dinamismo num “novo ardor” da fé.

Espero que, durante este ano, a Diocese de Lisboa se sinta uma Igreja viva, um povo crente, porque a nossa fé é sempre a “fé da Igreja”. Que Nossa Senhora, a primeira grande crente e Mãe da Igreja, nos guie no aprofundamento desta fé que foi a grande força da sua vida.

Eu quero fazer esta caminhada convosco e abençoo-vos com a ternura de Deus.

Lisboa, 19 de Setembro de 2012

† JOSÉ, Cardeal-Patriarca


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

INTENÇÕES DO SANTO PADRE BENTO XVI PARA O MÊS DE OUTUBRO, CONFIADAS AO APOSTOLADO DA ORAÇÃO E A TODOS OS CRISTÃOS




Nova Evangelização – Pelo desenvolvimento e progresso da Nova Evangelização nos países de antiga tradição cristã. [Intenção Geral]
Jornada Missionária Mundial – Para que a celebração da Jornada Missionária Mundial seja ocasião de um renovado empenho na evangelização. [Intenção Missionária]

A Palavra do Santo Padre
O homem contemporâneo está com frequência confundido e não consegue encontrar resposta para tantas interrogações que agitam a sua mente em relação ao sentido da vida e às questões que habitam no fundo do seu coração. O homem não pode eludir estas perguntas que dizem respeito ao significado de si e da realidade, não pode viver numa só dimensão! Ao contrário, com frequência, é afastado da busca do essencial na vida, e é-lhe proposta uma felicidade efémera, que satisfaz por um momento, mas em pouco tempo causa tristeza e insatisfação. [...].
O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que instituí no ano passado, é um instrumento precioso para identificar as grandes questões que se movem nos diversos sectores da sociedade e da cultura contemporânea. Ele está chamado a oferecer uma ajuda especial à Igreja na sua missão sobretudo no âmbito daqueles países de antiga tradição cristã que parecem ter-se tornado indiferentes, ou até hostis à Palavra de Deus. O mundo de hoje precisa de pessoas que anunciem e testemunhem que é Cristo quem nos ensina a arte de viver, o caminho da verdadeira felicidade, porque é Ele mesmo o caminho da vida; pessoas que tenham elas mesmas, antes de tudo, o olhar fixo em Jesus, o Filho de Deus: a palavra do anúncio deve estar sempre imersa numa relação profunda com Ele, numa vida intensa de oração. O mundo de hoje precisa de pessoas que falem com Deus, para poder falar de Deus. E devemos também recordar sempre que Jesus não remiu o mundo com bonitas palavras ou meios vistosos, mas com o sofrimento e com a sua morte.
Bento XVI,

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

S. Mateus




São Mateus A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como colector de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: "Segue-me" deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!

Mateus era um rico colector de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.

Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.

É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como:
"Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem." e ainda:"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro."

Com Judas, porém, ficou o encargo de "caixa" da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!

Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.

São Mateus, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

CARTA DE SUA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA O SENHOR CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA AOS PÁROCOS E ÀS COMUNIDADES CRISTÃS DO PATRIARCADO DE LISBOA ACERCA DA ABERTURA DO ANO DA FÉ

CARTA DE SUA EMINÊNCIA REVERENDÍSSIMA
O SENHOR CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA
AOS PÁROCOS E ÀS COMUNIDADES CRISTÃS DO PATRIARCADO DE LISBOA ACERCA DA ABERTURA DO ANO DA FÉ

Irmãos e Irmãs,
No próximo dia 11 de Outubro, o Santo Padre Bento XVI abrirá solenemente, em Roma, o Ano da Fé, data que evoca a abertura do Concílio Ecuménico Vaticano II, há cinquenta anos, e dá início ao Sínodo especial sobre a Nova Evangelização.

Os Bispos de Portugal decidiram que, em plano nacional, esta abertura do Ano da Fé e a evocação do início do Concílio se realizará em Fátima, na peregrinação de 13 de Outubro à qual eu próprio presidirei.

Isto não exclui que nas Diocese e nas Paróquias se assinale esta abertura do Ano da Fé. Na nossa Diocese fá-lo-emos no dia 25 de Outubro, na Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal. As Paróquias encontrarão o modo e o momento de assinalar esta abertura, sempre em comunhão com o Santo Padre e com a Diocese de Lisboa.

O Santo Padre tem oferecido à Igreja, através da Congregação para a Doutrina da Fé e do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, material abundante que nos ajudará na vivência pastoral deste Ano da Fé. A escuta da Palavra de Deus, a oração comunitária e pessoal são elementos decisivos no nosso aprofundamento pessoal da fé. Lembro a sugestão do Santo Padre de fazer do “Credo”, aprendido de cor, fórmula de oração pessoal durante este ano.

Não esqueçamos que esta busca de um aprofundamento da fé deve integrar, por vontade do Santo Padre, a releitura do Concílio Vaticano II, guiados pelo Catecismo da Igreja Católica, e o empenho numa “nova evangelização” a qual, no dizer de João Paulo II, encontra a sua força e dinamismo num “novo ardor” da fé.

Espero que, durante este ano, a Diocese de Lisboa se sinta uma Igreja viva, um povo crente, porque a nossa fé é sempre a “fé da Igreja”. Que Nossa Senhora, a primeira grande crente e Mãe da Igreja, nos guie no aprofundamento desta fé que foi a grande força da sua vida.

Eu quero fazer esta caminhada convosco e abençoo-vos com a ternura de Deus.

Lisboa, 19 de Setembro de 2012

† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Vaticano II: Memórias portuguesas do Concílio


D.R.
Lisboa, 18 set 2012 (Ecclesia) – As expectativas com o início do Concílio Vaticano II (1962-1965), as discussões que se geraram entre os mais de dois mil participantes e as dificuldades que se lhe seguiram marcam a memória de quem seguiu estes momentos.
D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro, recorda o anúncio inesperado de um Concilio foi “uma lufada de esperança” para quem, após três anos de vida em Roma, trazia “o coração cheio de inquietações”.
Em texto hoje publicado no Semanário Agência ECCLESIA, este responsável, que integrou a equipa nacional no pós-concílio, com o cónego Manuel Falcão, os padres João Alves, Armindo Duarte, Manuel Vieira Pinto, dinamizando as Semanas Nacionais de Pastoral, lembrou que “a abertura foi progressiva”.
“Quem no início fechou portas, depois as escancarou”, relata, depois de lembrar que “nas dioceses o espírito conciliar demorava a conquistar os próprios bispos”.
Passados 50 anos, D. António Marcelino afirma que Vaticano II ainda não foi aceite “em muitos aspetos” da vida da Igreja.
O padre e jornalista António Rego fala, por sua vez, numa “revolução serena do Espírito”, a que assistiu enquanto estudante de Teologia ao lado de outros “jovens inconformados com tantas áreas da Igreja que pareciam desfasadas”.
“Passados estes 50 anos tenho por vezes a sensação de estar numa espécie de segunda volta onde vejo com respeito e espanto alguns que choram e lutam pelo regresso do passado no mesmo estilo de resistência que encontrei perante a boa nova do Concílio”, observa o sacerdote açoriano.
Para o antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, o Vaticano II não gerou qualquer crise: “Só Deus sabe o que seriam os novos tempo sem o seu impulso de esperança”.
Já o padre Luciano Cristino, da Diocese de Leiria-Fátima, evoca a “fortíssima emoção” que sentiu ao acompanhar a inauguração do Concílio, por viver em Roma, e lembra os momentos que acabariam por servir como preparação para a da primeira peregrinação de um Papa, no exercício do seu ministério.
“No final do Concílio, em dezembro de 1965, o cardeal Cerejeira, em nome do episcopado português, convidou os bispos para o cinquentenário das aparições. Já se pensava, nessa altura, em convidar o próprio Papa [Paulo VI], para fazer uma visita ao Santuário, em 1967”, como veio a acontecer.
Aires Gameiro, religioso dos Irmãos de São João de Deus, fala das expectativas de “mudanças democratizantes com autenticidade e mais espírito evangélico” e de algum “mal-estar” que não viria a ser superado: “No final dos anos sessenta deu-se a debandada”.
José Victor Adragão, leigo católico, tinha 15 anos quando João XXIII anunciou a realização de um Concílio (1959) e rumaria depois a Roma, aos 20 anos, numa viagem de comboio que abriu caminho ao “feito espantoso” de assistir a uma sessão do Vaticano II.
“Pouco a pouco, três vias foram tornando-se nítidas e concentrando as minhas expectativas: a reforma litúrgica, o papel dos leigos na Igreja e as relações com os cristãos não-católicos”, relata.
O início do Concílio Vaticano II, a 11 de outubro de 1962, está no centro do dossier apresentado na mais recente edição do Semanário 
 Agência ECCLESIA.

sábado, 15 de setembro de 2012