quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu é uma realidade que nos toca também a nós.


2012-08-15 Rádio Vaticana
Nesta quarta-feira 15 de Agosto, Festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, o Papa celebrou missa às 8 horas da manhã na Paróquia de São Tomás de Villanova em Castelo Gandolfo e, ao meio dia, rezou a oração do Angelus da varanda que dá sobre o pátio da sua residência estiva, juntamente com os numerosos fieis ali reunidos.
Nas palavras que lhes dirigiu antes da oração, Bento XVI, tal como fizera já na homilia da manhã, deteve-se sobre a história e o significado da festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, uma solenidade comum tanto à Igreja do Ocidente como do Oriente.
Na Igreja católica – disse – foi no ano de 1950 que o Papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção. Mas esta celebração é muito mais antiga: já em finais do século IV muitos autores falam de Maria na Gloria de Deus em corpo e alma e, em meados do século V, com o Concílio de Éfeso, em 431, a festa da Mãe de Deus (Theotokos) consolida-se em Jerusalém e passa ser conhecida como festa da dormição, da passagem, do transito, da Assunção de Maria, ou seja a celebração do momento em que Maria sai do cenário deste mundo, glorificada de corpo e alma, para o Céu, em Deus.
Para compreender o significado da Assunção – disse ainda o Papa – devemos olhar para a Páscoa, grande mistério da nossa Salvação, passagem de Jesus para a Glória do Pai através da paixão, morte e ressurreição. Maria que gerou o Filho de Deus na carne é a criatura mais inserida neste mistério. A sua Assunção ao Céu é, portanto, o mistério da Páscoa que se realiza plenamente nela. Ela está intimamente ligada ao seu Filho ressuscitado – afirmou o Papa recordando que isto toca-nos também a nós:
Mas a Assunção é uma realidade que nos toca também a nós porque nos indica de forma luminosa o nosso destino, o da Humanidade e da História. Em Maria, contemplamos, com efeito, aquela realidade da Glória a que cada um de nós é chamado em toda a Igreja.”
O Papa deteve-se depois na leitura do Evangelho da missa desta solenidade da Assunção, em que São Lucas fala da visita de Maria a Elisabete, momento em que Nossa Senhora é proclama bem aventurada entre as mulheres porque acreditou nas palavras do Senhor, e no canto do Magnificat transparece toda a sua profunda fé. Ela coloca-se, portanto, entre os pobres e humildes que não se estribam unicamente nas suas forças, mas confiam-se a Deus. E o Papa acrescentou:
“Se a Assunção nos abre ao futuro luminoso que nos espera, convida-nos também, com força, a confiarmo-nos ainda mais a Deus, a seguir a sua Palavra, a procurar e a realizar, todos os dias, a sua vontade: é esta a via que nos torna “bem-aventurados” na nossa peregrinação terrena e nos abre as portas do Céu.”
O Papa concluiu citando o Concilio Vaticano II, segundo o qual Nossa Senhora continua com as suas interceptações a obter graças e a cuidar com materna caridade dos irmãos do Seu Filho ainda peregrinos nesta terra até que sejamos conduzidos à Pátria beata”
*
Depois da oração do Angelus, Bento XVI saudou os peregrinos, alegres e atentos às suas palavras, em várias línguas, entre as quais o português:
Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus
Ainda antes de falar em português, ao saudar os peregrinos de língua inglesa, o Papa referiu-se aos vindos da Nigéria, Gana e Burkina-Faso, exprimindo o desejo de que o exemplo e as orações de Nossa Senhora, rainha dos Céus inspire e apoie a sua peregrinação de fé.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O KARISMA DA LIBERTAÇÃO: A LIBERTAÇÃO DA MÁGOA

O KARISMA DA LIBERTAÇÃO: A LIBERTAÇÃO DA MÁGOA: A mágoa é um sentimento profundo que atormenta o indivíduo durante toda sua existência. Há pessoas que ao se sentirem feridas não cons...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

COMO CONFESSAR BEM

"Muitos os pedidos de pessoas que nos pedem sobre como confessar bem. Aqui damos algumas instruções anexando um Exame de Consciência. Boa confissão! ". Já num artigo anterior, "CONFISSÃO", colocamos ao leitor a necessidade de buscar ao confessionário, e lembramos a importância que ela tem para a cura do corpo, pela cura da alma. Entretanto, é assombroso ainda o número de católicos que não sabem confessar direito, não sabem nem o que é, ou não é pecado, nem sabem o que contar ao sacerdote. Desta forma, imagino que são inumeráveis as confissões mal feitas (1), onde sequer acontece a absolvição (2), pois existem alguns pré-requisitos indispensáveis, sem os quais o efeito é nulo, quando não perverso, pois complica ainda mais a vida do penitente. Isso acontece, em especial no caso das pessoas que guardam um ou mais “pecados de estimação”, aqueles que elas sabem que tem, sabem que são falta, mas não confessam por vergonha ou medo.
    Assim, nosso interesse é levar o leitor que assim se interessa, a fazer uma boa confissão, para que tenha certeza – a partir dali – de que está indo decididamente para os braços de Deus e que não mais choca em seu coração, os ovos da serpente. Sim, esta maldita e feroz criatura, tudo faz para subverter o sentido do pecado, para apagar das mentes das pessoas a noção dele e assim consegue que muitos caiam em suas malhas perversas. Antes de seguir, porém, precisamos dar mais algumas noções sobre pecado, afim de que o leitor entenda o motivo, a necessidade, a obrigação de confessar. No texto anterior, explicamos a forma como diferenciar uma falta grave de uma falta leve, ou seja, um pecado mortal e um venial. Agora vamos alertar, que todo pecado tem uma dupla conseqüência o chamado:
    REATO: Devemos saber então que todo o pecado seja ele VENIAL ou leve, seja MORTAL ou grave, tem sempre uma dupla conseqüência, isto é: Culpa e Dano! Este é o chamado “REATO”. A culpa é a causada perante DEUS, por qualquer pecado cometido por nós e permanece até a confissão a um sacerdote, a absolvição e a penitência. O Dano é causado a nossos irmãos, porque qualquer pecado cometido, tanto ofende a Deus, quanto afeta ou atinge a cada um de nós que somos o Corpo Místico de Cristo e vivemos em comum união. Como nada podemos fazer para Deus em si, que apague este dano, devemos saldá-lo junto a nossos irmãos. A perfeita justiça divina exige que ambos sejam satisfeitos – culpa e dano – para o bem da alma. Uma vez perdoado por DEUS, Ele esquece nossa falta.
    A culpa: É apagada SOMENTE pela confissão e a absolvição, feitas apenas por um sacerdote, que para isso recebeu do próprio Jesus o poder de perdoar pecados; (Jo 20,23) mais ou menos como se Deus dissesse: Para Mim filho, você não deve mais nada; vai e não tornes a pecar!(Jo 8,11) Deus SEMPRE perdoa a todos aqueles que a Ele recorrem contritos, humildes e profundamente arrependidos. Por isso Ele diz: fora os hipócritas! Quer dizer, Deus NÃO pode perdoar, a quem a ELE deixa de recorrer, a quem não Lhe pede perdão através do seu sacerdote, até sob pena de Se contradizer, pois outorgou aos consagrados, aqui na terra, este poder. A mesma coisa seria, se o patrão desse uma ordem ao empregado e ele próprio agisse de outra forma, na frente dele. Por aí se pode ver que só os orgulhosos não pedem perdão a Deus.
    O dano: Ora, sabemos que o pecado é a causa de todo o mal. Quer dizer, o pecado de cada um é fonte do mal que acontece a todos, pois se não houvesse nenhum pecado no mundo, não haveria mal nem maldade, nem dor e nem doença em pessoa alguma. Como conseqüência, mesmo depois de o pecado ter sido confessado ao sacerdote, e absolvido em nome de Deus quanto à culpa, resta ainda o dano a ser reparado. A Justiça Divina precisa então ser satisfeita, pela reparação completa do mal causado aos irmãos. E isso nem sempre se consegue apenas pelo cumprimento da penitência imposta pelo sacerdote, porque quase nunca ela é cumprida com devoção, nem há uma contrição verdadeira, nem um arrependimento profundo ou promessa radical de mudança.
    Resta então, quase sempre, ainda um saldo de dano a ser reparado. A soma destes danos e a gravidade deles é que vai determinar o tipo de expiação exigida e a duração da pena do purgatório. Assim, se a pessoa não reza o suficiente em vida, para obter as “pedras” ou “graças” capazes de saldar aqui todas as suas dívidas, quando vai à eternidade precisa antes expiar essas faltas. Eis então que a espera o purgatório. Como ali, ela não pode rezar por si mesma, torna-se um “mendiga” de graças se não rezam daqui por ela. Se pessoas rezam por ela, vai ao céu mais rápido! Vê-se então que o purgatório, longe de ser um castigo, é um verdadeiro abismo da divina misericórdia, pois se o Pai não permitisse este intercâmbio incrível de graças, entre padecentes, glorificados e nós os militantes, quase não haveria santos no céu.
    QUAL A PENA: Outros já têm nos perguntado, quanto se pode pagar para expiar um só pecado grave – já confessado e ainda não reparado – em tempo de permanência no purgatório. O Livreto o Segredo do Rosário, dos Monfortinos, registra que antigos cânones da Igreja prevêem sete, dez, quinze ou até vinte anos de expiação por uma única falta grave, confessada, mas não reparada em vida. Ora, sabendo que pessoas passam a vida inteira sem confessar direito, ou sem reparar nenhuma de suas faltas, não é de estranhar então quando sabemos que há almas que estão destinadas a cumprirem mil gerações de pena no purgatório. Isso seria em tese vinte e cinco mil anos.
    Claro que os pecados veniais, ou leves, acarretam também, todos, determinadas penas. Nada escapa à perfeita justiça de Deus. Mas por serem leves, ou involuntários, não devemos nos acostumar a eles, pois são um caminho para o cometimento de faltas maiores e graves. De fato, um o acúmulo de pequenos defeitos, pode causar grande mal a uma alma. É também preciso que se os confesse ao padre, pois somente da confissão poderá lhe ser dada a justa penitência que o confessor aplicará.
    AGORA A CONFISSÃO – lembre-se!
    A - Uma confissão não tem valor quando:
1)- Se omite um pecado mortal por exame de consciência feito de modo negligente;
2)- A confissão se faz sem arrependimento e sem propósito sincero de emenda, tomado antes de confessar os pecados.
3)- Se oculta de propósito um pecado mortal, conhecido por tal, ou quando se omite de propósito o número dos pecados mortais ou uma circunstância necessária;
4)- Já antes da absolvição, não se tem vontade de cumprir a penitência.
    B – Outros requisitos:
1)- Cumpriste fielmente a penitência imposta na última confissão?
2)- Lembrar que absolvição (2) não implica em perdão da falta, pois a pessoa deve cumprir todos os requisitos, para que o perdão ocorra na terra e no céu.
    EXAME DE CONSCIÊNCIA: É a meditação consciente e compenetrada, de todos os pecados que a pessoa cometeu desde a última confissão, até naquela data, inclusive dos pecados que não tenha lembrado na última confissão. Neste caso, a pessoa deve observar isso ao seu confessor. Para mais facilmente recordá-los, leia atentamente, sempre refletindo, o seguinte resumo dos pecados mais comuns, e se possível escreva-os para não esquecer. Se lembrar de outros, não deixe de anotar também.
    A – Pecados contra os mandamentos da Lei de Deus:
    1º Mandamento: AMARÁS AO SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, DE TODAS AS TUAS FORÇAS
    Duvidei da existência de Deus? Acreditei apenas num ser supremo? Acreditei fielmente em tudo o que Deus revelou, ou duvidei voluntariamente de alguma doutrina da Igreja Católica? Reneguei ou abandonei minha fé? Pensei ou afirmei que todas as religiões são boas? Li, assinei, publiquei, propaguei, emprestei livros, folhetos, revistas, ou jornais contrários a Deus e a santa religião, a aos bons costumes? Dei ouvido a conversas ou discursos ímpios ou heréticos? Zombei da religião, ou de seus ministros? Zombei das coisas santas? Desconfiei da misericórdia de Deus? Queixei-me de sua providência nas doenças, na pobreza e nos sofrimentos? Revoltei-me contra Deus? Freqüentei reuniões, cultos ou organizações contrárias a minha fé, como espiritismo, umbanda, quimbanda, candomblé, mesa preta, mesa branca (ambas iguais), jorei, saravá, batuque, associações ocultas, curandeirismo, seicho-no-yê, cartomantes, magia, feiticeiros, benzedeiras, adivinhos? Estou levando comigo, ou já levei orações supersticiosas? Agouros? Amuletos? Figurinhas ou imagens de candomblé? Fetiches? Lidei com despachos? Fiz oferendas a yemanjá! Uso em casa ou comigo objetos para dar sorte: Budas, elefantes, gnomos, duendes, ferraduras e pé de coelho e outras porcarias? Acreditei em horóscopo? Fiz curso de controle mental ou desenvolvimento mental e emocional ou meditação transcendental? Talvez não tenha participado diretamente nestas reuniões, cultos ou organizações contrárias a minha fé, mas deles participaram meus pais, parentes ou outros e me comprometeram indiretamente? Talvez tenha ido por estudo ou curiosidade (contudo você ficou comprometido)? Coloquei as coisas do mundo, tais como riqueza, prazer, poder, fama, os meus conhecimentos acima de Deus? Adorei a Satanás? Invoquei aos demônios? Evoquei os espíritos dos mortos? Acreditei na reencarnação? Desesperei ou fui presunçoso esperando a salvação sem deixar o pecado? Cometi pecados no intuito de confessá-los mais tarde? Amei a Deus e cumpri bem sua santa vontade? Deixei de rezar por muito tempo? Rezei sem devoção, com distrações voluntárias?
    2º Mandamento: NÃO PRONUNCIARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO
    Profanei o Santíssimo Sacramento, pessoas, lugares, imagens, coisas, consagrados a Deus? Blasfemei contra Deus? Contra sua Mãe, Maria Santíssima? Contra os Santos? Contra a Igreja e seus ministros? Roguei praga contra Deus? Ofendi a Deus com palavras? Jurei pelo seu santo nome sem necessidade? Jurei falso? Pronunciei levianamente o nome de Deus? Pronunciei o nome de Deus dizendo palavras irreverentes? Deixei de cumprir uma promessa?
    3º Mandamento: GUARDARÁS O DOMINGO E DIAS SANTOS DE PRECEITO
    Participei da missa inteira aos domingos e dias santos? Cheguei tarde por própria culpa? Fui irreverente na Igreja, rindo-me conversando inutilmente? Tenho trabalhado ou obrigado os outros a trabalhar aos domingos e dias santos? Aproveitei estes dias para rezar mais e passar mais tempo com minha família? Uso o domingo apenas para lazer e repouso sem tempo algum para Deus? Desviei outros de assistirem a Missa aos Domingos? Costumo programar meu lazer no domingo, exatamente para não ter que ir à Missa?
    4º Mandamento: HONRARÁS PAI E MÃE
    Para os filhos: Desrespeitei os pais ou superiores falando-lhes asperamente ou respondendo-lhes mal? Murmurei contra eles? Entristeci-os gravemente? Recusei-lhes a obediência? Obedeci de má vontade? Descuidei-me dos pais na velhice, na pobreza ou na doença (sustento, últimos sacramentos, remédios)? Desejei-lhes mal? Deixei de rezar por eles? Fui rude com eles julgando-os? Cheguei a bater nos meus pais?
    Para os pais: Protelei por meses e até anos o batismo de meus filhos, ou a primeira comunhão? Descuidei-me da educação física, intelectual, e principalmente da educação religiosa dos meus filhos? Não os mandei à missa aos domingos, ao catecismo? Controlei suas leituras, seus divertimentos? Dei-lhes mau exemplo? Deixei de corrigi-los no momento certo? Castiguei-os com ira e rudeza? Deixei-os assistir qualquer programa de TV dizendo que devem aprender tudo? Não controlei suas amizades?
    5º Mandamento: NÃO MATARÁS
    Tive ódio do próximo? Desejei-lhes mal? Desejei-lhes a morte? Conservei alguma inimizade? Fui imoderado no comer e beber? Embriaguei-me? Usei tóxicos? Expus-me ao perigo de vida sem necessidade, como alta velocidade, rapel, body-jump, surf em altas ondas? Aventuras perigosas! Tentei suicídio? Injuriei aos outros? Deixei de ajudar ao próximo em suas necessidades materiais e espirituais? Briguei? Alimentei pensamentos ou desejos de vingança? Seduzi outra pessoa ao pecado ou dei escândalo? Roguei pragas? Denunciei alguém injustamente para tirar proveito? Pus em perigo a vida corporal e espiritual dos outros? Com palavras? Omissões? Atitudes exageradas? Temeridade na direção do carro? Disse palavras injuriosas para com o meu próximo? Espanquei? Feri? Matei alguém? Matei ou aconselhei a matar? Aconselhei ou provoquei o aborto? Lutei pela causa do aborto e da eutanásia? Fiquei triste com o bem do próximo? Dei mau exemplo? Maltratei os animais sem necessidade? Não tive caridade para com os pobres, doentes e necessitados?
    6º e 9º Mandamento: NÃO PECARÁS CONTRA A CASTIDADE. NÃO COBIÇARÁS A MULHER DO PRÓXIMO
    Consenti em pensamentos desonestos e em maus desejos? Olhei indiscreta e maliciosamente para coisas indecentes, pessoas descompostas? Tive conversas imorais? Cantei músicas imorais? Li e olhei livros e revistas, estampas e fotografias obscenas e imorais? Pratiquei atos indecentes comigo mesmo, com outra pessoa, do mesmo sexo ou do outro sexo, com animais? Faltei com o pudor ou com a moléstia em meus trajes? Tive liberdades excessivas no namoro? Defendi a promiscuidade e relações pré-matrimoniais? Defendi o divórcio? Defendi o aborto? Rezo pedindo a Deus força para ser casto?
    Para os casados: Procurei satisfação carnal fora do matrimônio? (adultério ou pecado solitário (masturbação)). Desejei o adultério? Abusei do matrimônio evitando ter filhos por meios não aprovados pela igreja? Aconselhei meios para este fim?
    Nota: Acusa-te com sinceridade e confiança de tudo quanto neste ponto agrava a tua consciência, dizendo também, quanto possível, o número dos pecados. A menor falta voluntária contra a virtude da castidade e pureza do coração pode facilmente ser a de uma torre de pecados e crimes vergonhosos que arrastam a alma para a desgraça eterna. “Bem sabeis”, diz o Apóstolo São Paulo, “que nenhum impuro tem herança no reino de Deus”, (Efes. 5,5) Diga, embora, o mundo o que quiser, verdade é que os pecados da impureza levam às portas do inferno, e às vezes muito cedo e muito depressa. Procura purificar cada vez mais a tua alma de toda a mancha, por meio de uma humilde acusação no santo Sacramento da Penitência. Não sabendo se alguma coisa é ou não pecaminosa, pergunta ao confessor que te responderá em nome de Deus. Tem para sempre, um grande amor à virtude preciosa da santa pureza, lembrando-te, constantemente, das sublimes palavras de Jesus: “Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. (Mt.5)
    7 e 10º Mandamento: NÃO FURTARÁS. NÃO COBIÇARÁS AS COISAS ALHEIAS
    Tive vontade de roubar alguma coisa? Comprei e não paguei? Pedi emprestado e não devolvi? Furtei? Roubei? Aceitei objetos furtados? Guardei-os? Furtei dinheiro dos meus pais? Cobicei as coisas alheias? Não restitui ao dono um objeto achado? Planejei algum furto? Causei algum prejuízo de propósito ou por negligência? Deixei de pagar as dívidas? Cobrei juros extorsivos? Não paguei ao operário o salário justo? Enganei o próximo, usando de peso e medida falsos, enganando nas mercadorias ou encomendas? Abusei da alta dos preços? Apelei injustamente para a justiça trabalhista para obter indenizações indevidas? Desperdicei tempo no trabalho? Retive coisas que deveria ter dado ao próximo? Desperdicei o dinheiro em jogo?
    8º Mandamento: NÃO LEVENTARÁS FALSO TESTEMUNHO
    Menti? Falei mal dos outros? Difamei? Caluniei? Fiz juízos falsos e temerários? Semeei discórdia, inimizades na família? Provoquei inimizades políticas? Exagerei as faltas dos outros? Dei falso testemunho contra o próximo? Gosto de ouvir falar mal do próximo? Sou critiqueiro, fofoqueiro, mexeriqueiro? Reparei o mal que fiz com calúnias e mexericos? Violei segredos? Abri cartas alheias? Fingi doenças, pobreza, piedade para enganar os outros?
    CONTRA OS MANDAMENTOS DA IGREJA Ouvi missas nos domingos e festas de guarda? Confessei-me pelo menos uma vez por ano? Comunguei pelo menos uma vez pela Páscoa da ressurreição? Jejuei e me abstive de carne quando manda a Santa Mãe Igreja (Quarta-feira de Cinza e Sexta-feira Santa)? Pago o dízimo corretamente?
    LEMBRE-SE: Quem não cumpre algum destes cinco mandamentos da Igreja, com toda a correção, está em pecado grave. Quanto ao dízimo, não pense que se escusa dizendo que a Igreja, ou os padres, já estão ricos, ou que usam mal o dinheiro, ou que outros também não pagam, que você também não deve pagar. Quem ensina nestas coisas é o diabo, que não quer de forma alguma que você dê a Deus o que é de Deus. 
Aviso importante sobre o efeito da contrição
Tendo, pois, por tentação caído em algum pecado mortal, deves recorrer, quanto antes, ao Sacramento da Penitência. Não podendo, porém, na mesma hora encontrar um Sacerdote que te perdoe por ordem de Jesus Cristo, nem por isso Deus quer que te percas. Neste caso, reza com toda devoção e com toda a dor de tua alma um ato de contrição, arrependendo-te de ter sido tão ingrato ao teu Pai que está no céu, e ao teu Salvador, que por amor de ti morreu na cruz. Faz então o firme propósito de não ofender mais a Deus com nenhum pecado mortal, e de confessar sinceramente as tuas culpas a um seu ministro, quando te for possível. Morrendo assim antes da Confissão, serás salvo pela graça de Deus que recuperaste pelo arrependimento perfeito e pelo sincero desejo de te confessar. “Um coração contrito e humilhado Deus não o desprezará.” (Sl. 50) 
Mais quatro coisas são indispensáveis no caso da falta absoluta de padre e até acha-lo:
1.      O arrependimento perfeito por amor de Deus;
2.      O firme propósito de não cometer mais nenhum pecado mortal;
3.      A sincera vontade de confessar a culpa a um sacerdote, se em qualquer tempo for possível;
4.      Como rezamos Pai Nosso, os nossos pecados só serão perdoados se dermos o nosso perdão.
Ato simples de Contrição – Você pode usar também palavras espontâneas.
Meu Deus, eu me arrependo de todo o meu coração de Vos ter ofendido e procurarei nunca mais tornar a pecar. Meu Jesus, perdão e misericórdia.
    CUMPRIR A PENITÊNCIA: Só agora é o momento de ir ao sacerdote. Depois de você ter ido ao confessor, relatado as suas faltas diretamente sem deixar nada que lembra para trás, deverá cumprir fielmente a penitência que lhe será imposta pelo confessor. Muitas vezes, se ela for cumprida com toda a boa vontade, contrição e profundo arrependimento, poderá eliminar até a pena do purgatório. Muita gente vai ao purgatório depois de morrer, por haver confessado mal ou não cumprido a penitência.
    ÚLTIMO AVISO: Ao confessar ao sacerdote, não tente justificar seus pecados. Cada vez que você faz isso, dá sinal de falta de contrição e pode até invalidar a confissão. Melhor será confessar algo que não cometeu, e dar mais gravidade a falta que ela de fato tem, que tentar justificar o erro e não obter o perdão de Deus. Sim, você pode até enganar ao padre, mas não enganará jamais a Deus “que sonda até o mais íntimo do nosso coração”!
    Cumpridos todos estes requisitos, sem fingimento nem falsa contrição, você sentirá em sua alma um alívio indescritível e não quererá jamais perder este sentimento. De fato, as confissões bem feitas, ajudam a pessoa a ter horror ao pecado – sentimento que vem de Deus – e isso ajuda e muito para a pessoa não voltar a pecar. Fiquem com Deus!
Ame a confissão! Sem ela não há cura possível! Nem do corpo e nem da alma!
Fonte: Recados do Aarão

domingo, 5 de agosto de 2012

A Eucaristia

O tema do Retiro do Apostolado da Oração deste ano começou por ser
A Eucaristia e os Sacramentos .
Achei de todo o interesse deixa-los aqui em síntese porque são muito importantes para todos nós

Eucaristia e Sacramento da Ordem :: Adoração Eucarística

Eucaristia e Sacramento da Ordem

A ligação entre a Eucaristia e o Sacramento da Ordem começa pela própria associação dos dois na Última Ceia.  De facto, na vigília da sua morte, Ele instituiu a Eucaristia e, ao mesmo tempo, fundou o sacerdócio da Nova Aliança. Jesus é sacerdote, vítima e altar: mediador entre Deus Pai e o povo  (Heb 5, 5-10), vítima de expiação (1 Jo 2, 2; 4, 10) que se oferece a si mesmo no altar da cruz. As palavras “Isto
é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue” só podem ser pronunciadas em nome e na pessoa de Cristo, único sumo sacerdote da nova e eterna Aliança (Heb 8-9). A ligação entre estes dois sacramentos manifesta-se também pelo facto de que o bispo ou presbítero preside à Eucaristia na pessoa de Cristo cabeça, sendo a ordenação sacerdotal indispensável para a celebração válida da Eucaristia.
O sacerdote não é protagonista da acção litúrgica, mas sinal e instrumento dócil nas mãos de Deus. O ministério sacerdotal deve ser entendido como um serviço humilde a Cristo e à sua Igreja:
O sacerdócio é um serviço de amor, serviço do bom pastor que oferece a vida pelas ovelhas  (Jo 10, 14-15; cf. S.to Agostinho, In Iohannis Evangelium Tractatus,  123, 5 – cit. em SC 23). A configuração do sacerdote com Cristo dá sentido ao celibato sacerdotal, constituindo este  uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Assim, o celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade (SC 24).
O Papa refere-se aqui à escassez actual do clero, propondo uma distribuição mais equitativa de todo o clero existente na Igreja, mas também uma pastoral de vocações que empenhe a comunidade cristã, sensibilizando as famílias para educarem os seus filhos numa disponibilidade à vontade de Deus (cf. SC 25). O Santo Padre recorda que, apesar da escassez de clero, é factor de esperança o facto de continuar a haver tantos homens que não hesitam em se dedicar totalmente ao ministério sacerdotal, afirmando a gratidão da Igreja para com todos os ministros ordenados, muitos dos quais  tiveram de sofrer até ao sacrifício da vida por servir Cristo (cf. SC 26)
Fonte: S. Félix da Marinha

Eucaristia e Matrimónio :: Adoração Eucarística -

Eucaristia e Matrimónio

Eucaristia e Matrimónio

Sendo a Eucaristia sacramento da caridade apresenta uma relação particular com o amor do homem e da mulher unidos em matrimónio.
A própria vida cristã está toda ela marcada pelo amor esponsal entre Cristo e a Igreja.  Na teologia paulina, o amor esponsal é o sinal sacramental do amor de Cristo pela sua Igreja.
Esse amor de Cristo tem o seu ponto máximo na cruz, que é a origem e o centro da Eucaristia (cf. SC 27). Até a união exclusiva e indissolúvel que existe entre Cristo e a Igreja e se exprime na Eucaristia encontra uma correspondência na união definitiva que é a do homem e da mulher no sacramento do Matrimónio (cf. SC 28). A indissolubilidade do matrimónio manifesta o amor irreversível de Cristo pela sua Igreja do qual a Eucaristia é realmente sinal. Esta associação tão estreita faz-nos compreender que o amor verdadeiro não pode deixar de aspirar a um vínculo que permaneça para sempre: aqueles que não conseguiram continuar a viver o matrimónio
numa perspectiva de indissolubilidade e que assumiram uma nova união com outra pessoa não têm acesso ao sacramento da Eucaristia, precisamente por estarem em contradição com a união de amor entre Cristo e a Igreja significada e realizada na Eucaristia.
No entanto, a sua participação na santa missa, ainda que sem receber a comunhão, pode ser para eles um forte apoio, conduzindo à escuta da Palavra, à adoração eucarística, à oração, ao diálogo franco com um sacerdote, à dedicação ao serviço da caridade, às obras de penitência, ao empenho na educação dos filhos. A dignidade e o significado profundo do sacramento do Matrimónio levam o Santo Padre a recomendar o máximo cuidado pastoral com a formação dos nubentes e a verificação prévia das suas convicções sobre os compromissos irrenunciáveis para a validade do sacramento do Matrimónio  (cf. SC 29).
Fonte: S. Félix da Marinha

Eucaristia e Unção dos Enfermos :: Adoração Eucarística

Eucaristia e Unção dos Enfermos

Eucaristia e Unção dos Enfermos

Toda a vida pública do Senhor manifesta o seu carinho e atenção para com os doentes. Por sua vez, a Carta de S. Tiago mostra-nos como essa atenção, tornada gesto sacramental, se encontrava já na comunidade cristã primitiva (Ti 5, 14-16). Uma vez que a Eucaristia torna presentes a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, este sacramento, destinado aos que sofrem, não pode deixar de estar estreitamente associado à oferta que Jesus faz de si mesmo pela salvação de todos, permanentemente actualizada, de forma sacramental, na Eucaristia.
Para aqueles que são atingidos por uma doença ou debilidade incuráveis e estão prestes a deixar esta vida terrena, a Eucaristia assume o carácter de “viático”, ou de companhia para o caminho, muitas vezes em associação também ao Sacramento da Unção dos Enfermos. O Corpo do Senhor será para aqueles que o recebem semente de vida eterna e força de ressurreição, porque o próprio Senhor disse: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6,54; cf. SC 22)
Fonte: S. Felix da Marinha

Eucaristia e Sacramento da Reconciliação :: Adoração Eucarística

Eucaristia e Sacramento da Reconciliação


O documento diz-nos que os padres sinodais insistiram em que o amor à Eucaristia leva a apreciar cada vez mais também o Sacramento da Reconciliação. Assim, uma catequese autêntica acerca do sentido da Eucaristia não pode ser separada da proposta de um caminho penitencial.  O Papa recorda em seguida que, nos tempos que vivemos, se tem vindo a perder a noção de pecado, mas que só a tomada de consciência do pecado em geral e do nosso próprio pecado pode fazer compreender verdadeiramente a misericórdia de Deus.
Toda a Eucaristia começa por um rito penitencial, chamando-nos a atenção para o facto de que o pecado nunca é  exclusivamente individual, mas inclui sempre também uma ferida no seio da comunhão eclesial,  comunhão essa que, uma vez restabelecida, se exprime no próprio facto de recebermos o mesmo Senhor na Eucaristia (cf. SC 20). O significado deste sacramento deve, pois, ser bem compreendido pelos cristãos pelo que se insiste na recuperação de uma pedagogia da conversão que possa levar ao desejo de uma confissão frequente (cf. SC 21).
Fonte: S. Félix da Marinha

Eucaristia e o Sacramento do Baptismo :: Adoração Eucarística

Eucaristia e o Sacramento do Baptismo


Eucaristia e o Sacramento do Baptismo
Sendo a Eucaristia o próprio Cristo, Pão vivo que nos dá a vida, os outros sacramentos de iniciação existem para tornar possível o acesso a tal sacramento, já que,de facto, somos baptizados e crismados em ordem à Eucaristia. O sacramento do Baptismo, pelo qual somos configurados a Cristo, incorporados na Igreja e feitos filhos de Deus, constitui a porta de acesso a todos os sacramentos através dele somos inseridos no único Corpo de Cristo (1 Cor 12, 13). Mas é a participação no sacrifício eucarístico que aperfeiçoa em nós o que recebemos no Baptismo (SC 17). O Espírito Santo concede-nos os seus dons para que se vá edificando o Corpo de Cristo,  portanto a santíssima Eucaristia leva à plenitude a iniciação cristã e coloca-se como centro e termo de toda a vida sacramental.
Neste documento o Papa recorda haver tradições diferentes no que respeita à ordem dos sacramentos de iniciação, sobretudo entre as Igrejas orientais e a prática ocidental. Aponta então como critério a ter em conta que se deve optar pela prática que melhor pode, efectivamente, ajudar os fiéis a colocar no centro o sacramento da Eucaristia como realidade para a qual tende toda a iniciação.
Acrescenta que é necessário que o cristão seja ajudado, pela acção educativa das nossas comunidades, a maturar cada vez mais, até chegar a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística (cf. SC 18). O papel da comunidade eclesial e da família neste percurso dos sacramentos de iniciação é também sublinhado. Não é possível considerar o acesso a estes sacramentos sem ter em conta a família, que também se deve sentir envolvida: receber o Baptismo, a Confirmação e abeirar-se pela primeira vez da Eucaristia são momentos decisivos, não só para a pessoa que os recebe, mas também para toda a sua família.
À comunidade, por sua vez, compete apoiar sempre a família na sua tarefa educativa. O Papa chama a atenção para a relevância da Primeira Comunhão no percurso pessoal de cada cristão, já que este dia permanece justamente gravado na memória como o primeiro momento em
que se percebeu, embora de forma ainda inicial, a importância do encontro pessoal com Jesus, o que deve levar a pastoral paroquial a valorizar adequadamente esta ocasião tão significativa  (cf. SC 19).
 Fonte: S. Félix da Marinha