sexta-feira, 31 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Sex, 31 – SEMANA XVII DO TEMPO COMUM
SANTO INÁCIO DE LOIOLA (Memória)
1 Cor 10, 31 – 11, 1 / Sal 33 (34), 2-11 / Mt 13, 31-35
Fazei tudo para glória de Deus. (1ª leit.)

Apesar de sermos incapazes de acrescentar glória a Deus, Santo Inácio incita-nos a tudo fazer para «a maior glória de Deus». Não só para glória de Deus, mas para a maior glória. É naturalmente uma linguagem dum tempo específico mas que, se percebida, é extraordinariamente estimulante.

Qual será a glória de Deus? O cumprimento do 1º e 2º mandamentos. E a maior glória de Deus? O maior cumprimento do 1º e 2º mandamentos. Que Santo Inácio resume genialmente: o que for mais urgente e mais universal

quinta-feira, 30 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Qui, 30 – SEMANA XVII DO TEMPO COMUM
S. PEDRO CRISÓLOGO (Memória)
Ex 40, 16-21.34-38 / Sal 83 (84), 3-6a.8b.11 / Mt 13, 47-53
O meu ser e a minha carne exultam no Deus vivo. (Sal.)

Há momentos privilegiados em que como que sentimos Deus dentro de nós, ou uma exaltação ou uma suavidade ou uma intuição ou uma certeza de que é Deus que nos fala. Depois, essa sensação passa e às vezes duvidamos do que se passou. Reviver esses momentos pode ajudar-nos, assim como sermos firmes quanto ao sentimento que nos deixaram.

Nos sentimentos também é preciso fidelidade. Eles tendem a diminuir de intensidade, até um dia os pormos em causa, até duvidarmos que alguma vez tivessem existido. Não nos deixemos chegar aí

quarta-feira, 29 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE

Qua, 29 – SEMANA XVII DO TEMPO COMUM
SANTA MARTA (Memória)
1 Jo 4, 7-16 / Sal 33 (34), 2-11 / Lc 10, 38-42
Uma só [coisa] é necessária. (Evang.)

É provável que Marta estivesse irritada ao ver Maria no «bem bom» aos pés de Jesus e ela a trabalhar. O texto dá-nos a entender que Jesus lhe diz que a busca do reino de Deus é o mais importante de tudo e que ali Marta não terá percebido que ouvir os seus ensinamentos seria mais importante que pôr a mesa. Depois, provavelmente, Maria – e Jesus? – ajudariam a pôr a mesa.

É uma questão de prioridades. Muitas vezes, trocamos o longo prazo pelo imediato, com consequências a longo prazo. Neste caso, consequências para a nossa alma. Como é que o leitor gere o seu dia?

terça-feira, 28 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE

Ter, 28 – SEMANA XVII DO TEMPO COMUM
Ex 33, 7-11. 34, 5b-9. 28 / Sal 102 (103), 6-11 / Mt 13, 36-43
Lançá-los na fornalha ardente. (Evang.)

Como é que se compagina este Deus com o Pai? Deus muda? Se Deus não muda, como sabemos, tem que ser a nossa percepção d’Ele que muda.

O que esta parábola descreve é o respeito que Deus tem pela nossa vida até à hora da morte. O resultado desta parábola contempla a hipótese das pessoas, durante toda a sua vida, rejeitarem seguir a sua consciência. E, naturalmente, ao ressuscitarem continuarão a não estar com os que a seguiram.

Reparemos que Deus fez tudo o possível para nos mostrar o caminho da salvação. Mas como não nos tira a liberdade, temos capacidade de escolha até ao último minuto

segunda-feira, 27 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Seg, 27 – SEMANA XVII DO TEMPO COMUM
Ex 32, 15-24.30-34 / Sal 105 (106), 19-23 / Mt 13, 31-35
O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento. (Evang.)

O reino dos Céus pode comparar-se ao fermento que faz levedar a massa. Reparemos que não é o reino dos Céus que cresce no meio da massa mas sim que é a massa que cresce por causa da acção do reino dos Céus. É a presença do reino dos Céus que faz crescer.

O reino dos Céus no meio da massa transforma-a em reino dos Céus, o que faz aumentar o reino dos Céus no meio da massa. Por sua vez, essa massa, se se deixou levedar, isto é, se se transformou em reino dos Céus, vai ser fermento de outra massa. Nas pessoas, isto é um processo simultâneo. Estamos a ser levedados ao mesmo tempo que levedamos. É isto que acontece com o leitor?

sábado, 25 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Sáb, 25 – SEMANA XVI DO TEMPO COMUM
S. TIAGO (Festa)
2 Cor 4, 7-15 / Sal 125 (126), 1.2abcd-6 / Mt 20, 20-28
Os grandes fazem sentir o seu poder [sobre as nações]... Não deve ser assim entre vós. (Evang.)

Como gostamos de ter poder! De ser maiores e de fazer sentir aos outros que somos maiores que eles. Ou então somos maiores duma forma dissimulada, pomo-nos à margem, sendo maiores de outra maneira, olhando para a sociedade corrupta de fora, achando que não fazemos parte dela e assim sermos maiores, pelo menos a nossos olhos.

Jesus diz-nos que os outros não devem sentir o nosso domínio, o nosso poder. Não se devem sentir humilhados por nós, não se devem sentir inferiores a nós, no que depende de nós, naturalmente. E há tanta coisa que depende de nós. Pense num exemplo...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Sex, 24 – SEMANA XVI DO TEMPO COMUM
Ex 20, 1-17 / Sal 18B (19B), 8-11 / Mt 13, 18-23
Quando um homem ouve a palavra do Reino... (Evang.)

Jesus contou a parábola do semeador para nos chamar a atenção para o facto de termos que ter o coração preparado para receber a Palavra de Deus. Mas, como discípulos evangelizadores, também a podemos ler como uma chamada de atenção para a maneira como evangelizamos.

A palavra «caíram», no que se refere à semente, é sintomática.

Um bom lavrador não deita a semente ao acaso, mas em terreno previamente preparado, tal como o povo de Israel foi preparado, tal como Jesus dava sinais para que acreditassem e depois enviou o Espírito Santo. A nossa pregação deve ter em conta quem ouve, a nossa conversa deve ter empatia e não ser um atirar o barro à parede. Como é que o leitor procede?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Qui, 23 – SEMANA XVI DO TEMPO COMUM
SANTA BRÍGIDA (Festa)
Gal 2, 19-20 / Sal 33, 2-11 / Jo 15, 1-8
Eu sou a ... videira. Meu Pai trata da vinha. Ele corta todos os ramos que ... não dão fruto. (Evang.)

O fruto é dado por nós na vinha que é Jesus Cristo. Os nossos ramos são podados pelo Pai. Pelo Pai. Já não é a imagem de um Deus vingativo que deita ao fogo quem lhe «desobedece». É um Pai que poda as nossas imperfeições como o Pai do filho pródigo, como o pastor que vai atrás da ovelha perdida deixando todas as outras.

Esta poda é o tirar o nosso pecado, mas não nos deixemos enganar pela imagem da tesoura ou da serra da poda. O Pai não nos tira nada à força, pede-nos que Lhe demos

quarta-feira, 22 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Qua, 22 – SEMANA XVI DO TEMPO COMUM
SANTA MARIA MADALENA (Memória)
2 Cor 5, 14-17 / Sal 62 (63), 2-6.8-9 / Mt 13, 1-9
Senhor... desde a aurora vos procuro. (Sal.)

Esta estupenda frase do salmo da Eucaristia de hoje revela a ânsia da procura de Deus que se dá já desde a aurora e que ainda não foi satisfeita. Nunca será satisfeita, pois Deus será sempre maior do que nós.

Deus é a única realidade que procuraremos sempre sem nunca estarmos satisfeitos, pois nunca O abarcaremos e, no entanto, estaremos sempre satisfeitos porque Deus nos encherá sempre completamente. Deus enche-nos, mas transbordará sempre, obrigando a nossa capacidade a crescer continuamente, se O quisermos ir acolhendo cada vez mais, pois Ele há-de revelar-Se sempre cada vez mais. Basta deixarmos, basta querermos. O leitor deixa? Quer?...

terça-feira, 21 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Ter, 21 – SEMANA XVI DO TEMPO COMUM
S. LOURENÇO DE BRINDES (Memória)
Ex 14, 21 – 15, 1 / Ex 15, 8-10.12-13 / Mt 12, 46-50
Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória. (1ª leit.)

Os filhos de Israel viram a glória de Deus e o seu poder. No entanto, esta manifestação não serviu para que no tempo da provação tivessem fé suficiente para não construírem bezerros de ouro e clamarem pelas cebolas do Egipto, mesmo que as tivessem que comprar com liberdade.

Tinham uma relação com Deus fundamentalmente egocêntrica. Para este povo, era Deus que era suposto resolver-lhe os problemas. E a confiança do povo no seu Deus só se mantinha enquanto vissem isso acontecer. Não amavam Deus por convicção mas com uma segunda intenção. E o leitor

segunda-feira, 20 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Seg, 20 – SEMANA XVI DO TEMPO COMUM
Ex 14, 5-18 / Ex 15, 1-6 / Mt 12, 38-42
E aqui está quem é maior que Salomão. (Evang.)

Esta frase pouco humilde é da mesma pessoa que, «uns evangelhos atrás», se declarava mansa e humilde. É que a humildade é o reconhecimento da nossa realidade. Se nascemos num palácio, nascemos num palácio, se falamos bem, falamos bem, se somos muito bonitos, somos muito bonitos, etc. Humildade não é apoucarmo-nos, é sermos verdadeiros.

Há pessoas que sofrem por serem pobres e há pessoas que sofrem por terem um nome sonante. Há pessoas que se desgraçam por fingirem ter muito dinheiro e outras por fingirem que não o têm. Há pessoas que se fazem de parvas para tramar as outras e há pessoas que empreendem tarefas para as quais não têm estofo. Humildade é verdade. Sem mais. Qual é a sua verdade? E a sua mentira?

domingo, 19 de julho de 2009

AMIGOS DE DEUS, SERVOS DOS HOMENS

A proclamação de um Ano Sacerdotal, a começar na Solenidade do Coração de Jesus, dia 19 de Junho deste ano, e a terminar na mesma Solenidade do próximo ano, parece ter surpreendido a muitos. Mas o Papa, Pastor Supremo, com sua solicitude, com a graça e a sabedoria do Espírito, saberá bem porque determinou e proclamou este Ano Sacerdotal.

Os sacerdotes têm sido, nas últimas décadas, aqueles membros da Igreja mais expostos a combates, a lutas violentas, a perseguições, a crises de vida e de vocação. Precisamos todos de nos lançar, com renovado ânimo, a reavivar em nós o dom do sacerdócio, a animar-nos nos compromissos que fizemos no dia da ordenação sacerdotal, pois a Igreja e o mundo precisam de sacerdotes santos.

O sacerdócio não pode ser assumido como uma profissão que se desempenha, mas como uma missão que se assume com paixão e encanto. Somos «amigos de Deus e servos dos homens» e, por isso, precisamos de ser homens marcados pelo divino, assumindo a graça da experiência do sobrenatural. Não somos funcionários do sagrado, mas temos que ter de Deus uma experiência vital, amorosa, que passa pela vida de oração e sacramental pessoal, mais profunda e vivida com mais encanto.

Como sacerdotes, nascemos da Eucaristia e para a Eucaristia, e devemos ser celebrantes dos mistérios com renovado amor, com zelo, com empenho, com fé viva e amorosa. Homens da adoração e do louvor, da reparação e da consagração. Homens de joelhos e de coração no sacrário, onde está o Amigo, o Único e Eterno Sacerdote.

Homens da divina misericórdia, da celebração amorosa do sacramento da Reconciliação, acolhendo os nossos irmãos e irmãs e sempre disponíveis para distribuir o abraço do Pai do pródigo, curando corações, alegrando os irmãos e as irmãs com a divina misericórdia, ajudando a fazer festa no coração de todos, como verdadeiros «bons pastores».

Homens apaixonados pela missão que Jesus nos entregou e que a Mãe Igreja, sempre missionária e evangelizadora, coloca no nosso coração, na nossa acção sacerdotal, na nossa vida, sempre acolhida com zelo, com fogo no coração, com renovado empenho, estando atentos, com coração de «pai», aos mais idosos, mais pobres, mais doentes, mais marginalizados, aos que não têm pão, casa, Deus...

Homens centrados em Jesus, olhando continuamente para Ele, deixando-nos apaixonar pelo seu Coração, contemplando-O como Amigo e Irmão, no diálogo orante, num «tu a tu» que apanhe as fibras mais íntimas do coração, verdadeiramente apaixonados pelo nosso Senhor, centrando n’Ele a vida, o coração, o ser, deixando-nos divinizar no dia-a-dia pelo contacto assíduo com a fonte da vida e da graça.

Homens de coração pobre, casto e obediente, no renovado encanto de imitar Jesus de Nazaré e ser, no meio das comunidades, testemunhas vivas d’Ele, como que escrevendo um quinto evangelho, com as nossas vidas dedicadas, serviçais, generosas, dando a vida pelo Senhor e pelos homens, sem nos pouparmos a sacrifícios, a canseiras, à doação total do nosso coração, do nosso tempo, das nossas energias, das nossas vidas.

Homens «amigos de Deus», escolhidos por Ele, sabendo cultivar cada dia o dom da nossa vocação sacerdotal, no meio das tentações, das lutas, dos apegos desordenados, das seduções mundanas, nos momentos de cansaço, de desânimo, de «revolta», quando nos sentimos menos acolhidos, menos compreendidos, mais marginalizados, mais tristes, mais envolvidos pelas trevas do mundo.

Homens descobrindo sem cessar o encanto do serviço generoso, vendo em cada irmão e em cada irmã o rosto de Jesus, num desejo incessante de amar ao jeito d’Ele, de servir dum modo mais radical, de querer estar em contínuo «lava-pés», sendo verdadeiros «bons samaritanos», porque percebemos que a medida do amor é amar sem medida e que o «amor» é a única solução para a acção pastoral.

Homens que, apesar da nossa fragilidade, sabemos que possuímos um tesouro em vaso de barro, e queremos tratar com amor renovado esse tesouro, vivendo as vicissitudes da vida sacerdotal como um desafio a sermos cada dia mais fiéis ao dom que nos foi concedido, gratos pelo chamamento, pelo dom da unção sagrada, pela participação no Sacerdócio de Cristo, vivendo a alegria do dom e do serviço, com fogo no coração, com a alma abrasada em Deus, com uma vida santa.
Dário Pedroso, s.j.

sábado, 18 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Sáb, 18 – SEMANA XV DO TEMPO COMUM
Ex 12, 37-42 / Sal 135 (136), 1. 23-24.10-12.13-15 / Mt 12, 14-21

A fim de O fazerem desaparecer. (Evang.)

Às vezes ouve-se esta expressão: «Quando eu morrer é que vão dar pela minha falta!».

Hoje vou-lhe propor outro exercício: pense como seria a sua vida se Jesus desaparecesse. O que é que seria da sua vida interior? O que é que mudaria nos seus actos? Como é que o seu coração reagiria?

Pense no seu dia, desde que se levanta até que se deita. Escreva o tempo de 15 em 15 minutos. Veja o que seria diferente. Terá alguma surpresa? Descobrirá que em algumas alturas Jesus já lá não estava? Ou que estava e nunca tinha dado por isso? Abra-se à surpresa.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJ
Sex, 17 – SEMANA XV DO TEMPO COMUM
BB. INÁCIO DE AZEVEDO E COMPANHEIROS MÁRTIRES (Memória)
Ex 11, 10 – 12, 14 / Sal 115 (116), 12-13.15-16bc.17-18 / Mt 12, 1-8

Eu quero misericórdia, não sacrificio (Evang.)

Misericórdia significa caridade. Sacrifício refere-se a acto sagrado, a ritual sagrado. O leitor vai à missa? Ao domingo? Todos os dias?... Dá igual tempo à caridade em sua casa? Digo em sua casa, não digo, por exemplo, num trabalho ou numa associação, etc., digo em sua casa.

Experimente até à próxima sexta-feira dedicar a actos de caridade o mesmo tempo – contado pelo relógio – que dedicou à missa. Tipo ajudar alguém, fazer companhia, sair com alguém, ler a alguém, ver um filme com alguém, etc., etc. O mesmo tempo que deu à missa! Custou-lhe? Não? Agora tire as suas conclusões.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Qui, 16 – SEMANA XV DO TEMPO COMUM
NOSSA SENHORA DO CARMO (Memória)
Ex 3, 13-20 / Sal 104 (105), 1.5.8-9.24-25.26-27 / Mt 11, 28-30
...
e Eu vos aliviarei... (Evang.)

Será com a cruz que Jesus Cristo nos vais aliviar do nosso sofrimento? Esta frase «Eu vos aliviarei» parece duma suprema ironia, mas o segredo está mais adiante: «aprendei de Mim que sou manso e humilde». A humildade é a aceitação da verdade sobre nós mesmos, a mansidão não é a resignação mas a fluidez da vida sem ranger de dentes.

Se levarmos a vida amando sem nos forçarmos, se o nosso sofrimento for por amor e não para nos auto-flagelarmos sem sentido, se colaborarmos com o Espírito Santo para encontrarmos harmonia entre a nossa vontade e os acontecimentos da nossa vida, o nosso jugo será muito mais suave

quarta-feira, 15 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Qua, 15 – SEMANA XV DO TEMPO COMUM / S. BOAVENTURA (Memória)
Ex 3, 1-6.9-12 / Sal 102 (103), 1-4.6-7 / Mt 11, 25-27
[Só] revelaste estas palavras aos pequeninos... (Evang.)

Porque é que o Pai só falou aos pequeninos? Não poderia Jesus ter dito que só os pequeninos é que ouviram o Pai? É que os grandes e importantes já «sabiam a lição», já não precisavam de explicações, já tinham a sua própria interpretação, a sua opinião certa e segura do que está certo ou errado, a certeza do que é que Deus diz.

E, naturalmente, Deus não consegue falar a quem não O quer ouvir. Algumas pessoas, quando começam a ouvir uma ideia, completam logo a ideia do interlocutor, como se lhe lessem a mente, tornando impossível falar-se com elas. O leitor cai nessa tentação com Deus?

terça-feira, 14 de julho de 2009

MEDITAÇÃO PARA HOJE
Ter, 14 – SEMANA XV DO TEMPO COMUM
S. CAMILO DE LELLIS (Memória)
Ex 2, 1-15a / Sal 68 (69), 3.14.30-31.33-34 / Mt 11, 20-24
Se em Sodoma se tivessem realizado os milagres que em ti se realizaram, ela teria per-manecido... (Evang.)

Ter a consciência formada com o anúncio do amor do Pai não é lá grande coisa para quem preferiria viver com uma venda nos olhos, leia-se, na consciência. O grilo falante atormenta-nos porque não vimos mas acreditámos e por isso sabemos o que é bem e o que é mal.

«Pior», sentimos o amor do Pai, Jesus enviou-nos o Espírito Santo que reza em nós com gemidos inefáveis, ilumina-nos e dá-nos força. Numa palavra, não temos desculpa. Talvez fosse melhor não sermos tão amados. Que é que o leitor preferia